O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, fez uma convocação ao movimento Transparência Hacker para seus membros contribuam no desenvolvimento de uma plataforma para ampliar o acesso às informações, batizada de Plataforma Aquarius. Em reunião com os ativistas digitais, realizada na segunda-feira, 5, o ministro os incitou a ajudar no aperfeiçoamento do projeto.
A Plataforma Aquarius é uma base de dados aberto, cujo objetivo é permitir o acompanhamento dos gastos do ministério e de suas ações, a fim de garantir melhores resultados. Ela vai operar interligada ao Portal da Transparência, do governo federal, que é coordenado pela Controladoria-Geral da União (CGU) e alimentado por todos os ministérios. Além disso, a plataforma busca aprofundar a lógica de integração informacional da Plataforma Lattes, base de dados das áreas de ciência e tecnologia.
A proposta foi apresentada no fim de agosto ao ministro da CGU, Jorge Hage, e ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler. A previsão é lançá-la no início do ano que vem. A intenção do MCTI é que ela seja encampada por todos os ministérios e por outras instituições que se interessarem. O MCTI pretende desenvolver o sistema integralmente em software livre, o que, além de reduzir custos, permitirá sua adaptação pela instituição usuária. Para isso, a pasta formalizará o convite de parceria aos hackers – os hackers éticos, não os crackers, enfatizou Mercadante.
O novo sistema, ainda em teste, abrangerá desde a manutenção de carros oficiais até a compra de passagens aéreas. Se uma determinada autarquia ou departamento apresentar comportamento atípico, é emitido um alerta, levando os responsáveis a se explicar e, caso necessário, fazer uma correção de rumo. Com ele, também poderá ser acompanhada a produção científica de um instituto ou de um grupo de pesquisadores apoiados com bolsas de programas do governo, por exemplo.