Um dos grandes desafios da mobilidade está em saber, num futuro, não tão distante, como a Inteligência artificial poderá ajudar a criar soluções mobile de relevância e também para o desenvolvimento dos negócios.
Marco Lauria, sênior business consultant da AI e Analytics e membro do conselho da I2AI, começou sua apresentação lembrando que a IA não é uma novidade, "embora seja uma das principais "trends", pois ela já existe como tecnologia há muitos anos, e só não havia ganho popularidade, uma vez que não havia sistemas com capacidade computacional para rodar estes algoritmos".
Ele participou junto com Ricardo Barbosa, vice-presidente da IBM na América Latina, do painel sobre uso de inteligência artificial nos mercado mobile, na edição de 2019 do Forum Mobile Transformation, promovido pela TI INSIDE nesta terça-feira,5;
Lauria mostrou que os projetos com IA possuem sempre dois lados: o lado técnico e o lado dos negócios. "A IA embarcada numa solução parece simples, mas é fruto de uma análise profunda e que muitas vezes não atingirá seu máximo, pois torna-se economicamente inviável", disse, "mas o que é possível está sendo feito porque não há empresa hoje que não façam uso de IA e oferecem o produto desse na forma de serviços em nuvem para um maior número de clientes possível", disse.
Ricardo Barbosa, vice-presidente da IBM na América Latina, mostrou dois cases de negócios que são emblemáticos no uso da IA para formatação de Apps de grande valor para os negócios.
No primeiro case, Barbosa mostrou como a Volkswagen, uma das líderes no mercado mundial automobilístico, investiu na formatação de um App que trouxe uma nova feature para um veículo de lançamento da marca.
"Além das características técnicas do veículo era preciso que a Volkswagen começasse a falar com seu novo público, que já estava totalmente integrado na Era Digital. Com essa perspectiva tudo começou pelo manual do veículo, que não poderia ser mais aquela velha brochura de papel, isso não satisfazia mais a clientela, e com a ajuda da IA foi desenvolvido um app que trazia todas as informações técnicas de forma interativa, simples e absolutamente digital o Manual Cognitivo do veículo", contou Barbosa, que mostrou que o App escalou de tal forma que veio até a envolver os revendedores de veículos que são uma ponte importante entre o fabricante e o consumidor.
Outro case da IBM foi o app do Rock in Rio. Como um ponto de atração de milhares de pessoas, o desafio era trazer algo novo, com as características digitais daqueles que iriam ao evento. "Uma característica desse negócio além da venda dos ingressos, era proporcionar uma experiência do usuário mais completa e inesquecível", explicou.
O App do Rock in Rio utilizou estatísticas e chegou à conclusão, com ajuda da inteligência artificial do IBM Watson, que a forma como as pessoas que frequentam o show mais interagem é através das fotos e vídeos. Assim o App trouxe a possibilidade do usuário, por meio de mapas de locais, vídeos e mensagens compartilharem em suas redes sociais seus momentos inesquecíveis no evento", disse.
Segundo Barbosa, nestes dois casos, a experiência do usuário foi o fator relevante que com a ajuda da IA, que levou as empresas a criarem apps de grande valor para os negócios.Lauria pontuou que além das imagens, o compartilhamento a voz será o novo "trend". "A gestão do tempo também será um grande desafio num futuro próximo, assim apps que utilizarem a voz, além de reconhecer o perfil daquele consumidor, terão uma conexão muito maior, mas nada disso será possível se não existir tecnologias de IA por traz de tudo", enfatizou.