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Virtualização e edge computing: os caminhos para o 5G na visão da Claro e TIM

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Para as operadoras de telecomunicações, avançar nos seus próprios processos de transformação digital é essencial para evoluir a oferta de serviços para o ambiente da Internet das Coisas e, sobretudo, para o 5G. Durante o Seminário Digital Telcom, realizado nesta quarta, 6, pela TELETIME e pela TI INSIDE, em São Paulo, Marco di Constanzo, diretor de engenharia da TIM, ressaltou o papel da virtualização das redes atuais no processo de transição para o 5G. Segundo ele, a operadora hoje tem 50% de suas redes virtualizadas e deve chegar a 75%. “A gente só não vai virtualizar funções típicas do 2G porque não faz mais sentido”, disse.

Luiz Fernando Bourdot, diretor de evolução de redes da Claro Brasil, lembrou que a etapa de virtualização do core e das funções de rede é essencial para o 5G, mas essa é apenas uma das muitas etapas que precisarão ser cumpridas se as operadoras quiserem oferecer serviços que demandem orquestração fim-a-fim plena, como uma oferta de serviços completamente customizada e configurável pelo próprio cliente. Em geral, diz Bourdot, as operadoras ainda estão nas camadas mais de baixo, no SDN, mas evoluindo. O processo completo, contudo, depende de uma mudança cultural de engenharia e, sobretudo, na camada de sistemas. “Isso é essencial para operar os novos serviços de 5G, e poder operar o slicing de rede que é o grande diferencial”, diz o executivo. Slicing é um dos atributos das redes 5G, permitindo conexões com qualidade e parâmetros de serviço individualizadas por cliente ou grupos de clientes.

Há outras etapas necessárias para uma transformação plena das redes de telecom, na opinião de Marco di Constanzo. Por exemplo, o desenvolvimento dos serviços de VoLTE. “A voz sobre 5G só vai chegar depois de 2023. Até lá, a voz vai ter que trafegar na rede 4G”, diz. Segundo ele, a TIM (que foi a primeira a apostar na tecnologia) já tem 20 milhões de clientes com VoLTE, e hoje 30% do tráfego de voz já está sobre a rede de dados 4G, em um total de 3,2 mil cidades.

Edge computing

A TIM entende que existe uma mudança cultural em curso dentro das operadoras e reconhece que o processo de transformação digital é um caminho longo, mas existem vantagens, diz, que só as empresas de telecom têm. Outras empresas, diz ele, não chegam perto da capacidade de levar processamento para a ponta das redes no nível que podem ter as telcos (edge computing), e com isso oferecer serviços em rede com latências inferiores, sobretudo na rede 5G.

Além do processamento em borda, diz Bourdot, uma vantagem das operadoras de telecomunicações é poder distribuir por toda a rede as funções e capacidade que serão demandadas pelos diferentes serviços, o que traz ganhos de eficiência para a oferta de serviços digitais. “Nem tudo precisa estar na borda e nem tudo precisa estar no core da rede ou nos grandes datacenters”, diz o executivo da Claro. “Existe no 5G uma evolução tecnológica, mas também uma profunda transformação tecnológica e cultural”, diz ele.

No debate durante o evento, os dois executivos concordaram que esta realidade, que já começou a se impor no 4G, está mudando completamente o perfil do profissional de telecom.

Para Carina Gonçalves, da Frost & Sullivan, um desafio adicional é que o processo de transformação das empresas de telecom parte, na verdade, de uma nova realidade de mercado e novas demandas dos consumidores. “Por essa razão, uma coordenação ‘cross industry’ precisa acontecer no desenvolvimento das redes e produtos”, diz a analista.

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