A aposta no Brasil, discurso corriqueiro de diversas multinacionais de TI – atraídas pelo forte crescimento do mercado brasileiro e para tentar fazer frente à crise econômica que atravessa a Europa e os Estados Unidos –, ganhou destaque nesta terça-feira, 6, quando o presidente mundial da Oracle, Mark Hurd, disse que o país é um mercado-chave para a companhia. Segundo ele, o Brasil é um dos poucos locais do mundo em que os investimentos em TI continuam registrando expansão e que conta com uma economia bastante aquecida. "O mercado brasileiro é uma grande oportunidade para a Oracle. Queremos crescer no Brasil e na América Latina e vamos investir para isso", frisou o executivo, durante o evento Oracle Open World 2011, que ocorre esta semana em São Paulo.
Luis Meisler, presidente da Oracle para a América Latina, segue na mesma linha e menciona que a importância do país é fundamental. De acordo com o executivo, o Brasil hoje responde por 45% da receita da Oracle na América Latina, sendo que o segundo país mais relevante na região é o México, cuja representatividade é a metade da operação brasileira. "Nosso crescimento é bastante forte no Brasil e América Latina", afirma Meisler, sem, no entanto, citar números específicos. Os principais segmentos de atuação da empresa na região são os setores de finanças, telecomunicações, varejo e utilities.
Hurd analisou que o segmento de tecnologia da informação passa por uma transformação devido às tecnologias de computação em nuvem e mobilidade. O executivo disse que para enfrentar esse novo cenário do mercado de TI, marcado pela intensa integração dos sistemas na nuvem, a Oracle se preparou para garantir que possa ser bastante competitiva, apostando em aquisições de empresas que permitiam a construção de um portfólio de soluções de fácil interoperabilidade. Nos últimos cinco anos, lembrou Hurd, a Oracle comprou mais de 50 empresas.