Com uma carteira de aproximadamente 30 clientes no Brasil, a Vignette formalizou há dois meses a abertura da filial América Latina, com escritórios aqui e no México, e está reestruturando a forma de atuação junto ao mercado, de olho no crescente mercado da nova geração de internet.
Eduardo Kfouri, vice-presidente para a região, conta que até então a empresa atuava mais na prestação de serviços, que agora será responsabilidade dos parceiros de negócios.
?Vamos nos focar mais nas vendas do software e deixar a implantação e suporte com integradores, como a Stefanini e Accenture, dois dos principais parceiros que atendem ao mercado corporativo?, afirmou.
A empresa, que faturou cerca de US$ 200 milhões no ano fiscal passado, é uma das principais fornecedores de software de gestão de conteúdo (web content management), que experimentou um crescimento meteórico antes da ?explosão da bolha? da internet.
Para Kfouri, com a nova geração da internet ?a empresa pretende voltar a brilhar, pois as aplicações agora exigem interatividade, escalabilidade, conteúdo em qualquer tipo de dispositivos, mais rapidez, disponibilidade de banda e contexto para que usuário possa personalizar suas preferências. Estamos falando em Web 2.0, 3.0 e o que vier pela frente?.
Citou como exemplo o site da Nasa, que foi reformulado pela Vignette, e hoje conta com mais de 10 milhões de usuários do ?MyNasa?, ferramenta para personalização de preferências do usuário.
?O site da Nasa é o que teve maior acesso simultâneo no mundo, em 4 de julho de 2005, dia em que uma sonda foi arremessada em um meteoro. Foram 220 milhões de usuários concomitantes, que geraram um bilhão de pageviews?, ressalta Kfouri.
A empresa quer usar essa característica de robustez do software para atuar mais forte junto ao mercado corporativo, principalmente no segmento financeiro, de telecomunicações e mídia. Ela já conta clientes como Ogilvy, Telefônica, Oi, Claro, TIM, BrT, Embratel, Caixa Seguros, Terra, Globo.com e Editora Abril, entre outros.