O conceito chinês do O2O (online to offline) nada mais é do que a oferta de produtos ou serviços que o consumidor usa no mundo físico, mas que são comprados pela internet. Esse é um termo relativamente novo, mas que está crescendo rapidamente. De acordo com dados da Associação Brasileira de O2O, as empresas desse setor cresceram mais de 30% em 2016 em relação a 2015. Na China, o aumento chegou a 200% três anos atrás, o que mostra que o modelo de negócios está em grande ascensão e tem um enorme potencial.
Os aplicativos de serviços O2O, além de facilitar pagamentos, têm o objetivo de gerar uma experiência cada vez mais completa para os clientes, com foco em conveniência e rapidez. Quem imaginaria há alguns anos que seria possível chamar um táxi pelo celular ou comprar uma oferta de restaurante na hora do almoço e utilizá-la imediatamente, além de pagar a conta pelo próprio aplicativo? Hoje, estamos cada vez mais conectados e isso já se tornou realidade. Os smartphones viraram itens indispensáveis no nosso dia a dia e quem investe pesado em tecnologia tem um terreno fértil de negócios para explorar.
No Brasil, o Peixe Urbano foi uma das primeiras empresas a apostar nesse conceito quando, em 2010, lançou um serviço que divulgava pela internet uma oferta do mundo offline por dia. Em 2014, mudou seu modelo de negócios de compras coletivas para uma Plataforma de Ofertas Locais, aumentando o número de ofertas disponíveis para milhares, unindo ainda mais o mundo online ao offline. Outra ferramenta que a empresa adotou para disseminar o conceito O2O foi a geolocalização, que permite que a plataforma identifique a localização do usuário por meio do GPS do smartphone e o conecte com as empresas parceiras mais próximas. Atualmente, as compras realizadas via aplicativo representam mais de 50% dos cupons que são utilizados no mesmo dia.
As empresas que já adotaram essa tendência certamente saíram na frente. Para as que ainda pretendem trazer o O2O para o seu negócio, é necessário que possuam um aplicativo que suporte todas as suas demandas, para que os seus usuários tenham uma ótima experiência e para que o aplicativo seja lembrado, acima de tudo, como uma ferramenta útil para o dia a dia. Se o aplicativo não for robusto e não possuir boa interface e funcionalidade, os usuários irão baixá-lo e imediatamente deletá-lo, para dar espaço ao próximo app e não ocupar o armazenamento de seus smartphones. Pode soar clichê, mas em tempos efêmeros e dinâmicos, a primeira impressão é a que fica…
Alex Tabor, CEO e cofundador do Peixe Urbano.