Venda de netbooks subsidiada ainda é tímída no Brasil

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A venda de netbooks subsidiadas pelas operadoras de telefonia móvel, nos mesmos moldes como já ocorre com os celulares, deve se intensificar entre o fim deste ano e o início de 2010. E do mesmo modo que os celulares, o subsídio desses mini PCs será atrelado à venda de serviços de internet em banda larga móvel.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a operadora AT&T adota o mesmo modelo de venda para celulares e netbooks. A companhia oferece gratuitamente o Aspire One, netbook da Acer, para os clientes que contratarem serviços de banda larga móvel, por um contrato de dois anos, com mensalidade de US$ 60 e mais uma taxa de adesão. A Verizion é outra que também subsidia netbooks, oferecendo descontos agressivos para os consumidores que adquirirem seus serviços de banda larga móvel em longos contratos.
No Brasil, a TIM, que tem parceria com a fabricante taiwnesa Asus, também vende o EeePc subsidiado, concedendo um desconto para quem assinar o serviço de banda larga. O mesmo caminho seguiu a Vivo, que fechou parceria com a Positivo para vender o Mobo.
No entanto, segundo Julio Püschel, analista sênior do Yankee Group, apesar de a venda de netbooks atrelada aos serviços de banda larga ser uma tendência mundial, as operadoras brasileiras não devem seguir os passos das companhias americanas e não tendem a adotar de forma agressiva essa estratégia, ao menos por enquanto.
No momento, ele acredita que as operadoras darão preferência para a concessão de subsídios aos modems USB. "As operadoras brasileiras ainda têm de investir na expansão das redes 3G e no backhaul [infra-estrutura de rede para conexão em banda larga] para suporta a demanda de tráfego dos clientes. Com isso, elas não devem partir fortemente para o subsídio de netbooks, pois o custo de aquisição de cliente ficará muito elevado", comenta Püschel, ressaltando que as operadoras americanas já têm redes mais maduras, fato que as permite adotar tal estratégia. "Aqui, as operadoras têm de dar um passo antes de inciar um subsídio mais agressivo de netbooks", observa.
O analista observa ainda que um fenômeno que deve ocorrer no Brasil é a chegada, em maior número, de netbooks já pré-configurados com modem para chips 3G.

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