Uso de mídias sociais é visto como ameaça por empresas

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Estudo realizado pela Websense revela que a maioria das empresas no Brasil concorda que o uso de mídias sociais no trabalho é importante para se atingir os objetivos de negócio, mas, por outro lado, 67% delas afirmam que a liberação desses canais aos funcionários representa uma grande ameaça à organização.

A preocupação talvez se justifique porque apenas 21% das organizações disseram dispor de controles necessários para eliminar ou reduzir os riscos potenciais das redes sociais. O relatório revela que 37% das companhias não têm políticas sobre o uso adequado de mídias sociais no local de trabalho. E mesmo entre aquelas que adotaram uma política , apenas 37% disseram que a política é colocada em prática.

Entre as finalidades tidas como aceitáveis pelas empresas para o uso de mídias sociais no ambiente de trabalho estão manter contato com os colegas da empresa (82%), uso como canal de e-mail ou mensagens de texto (54%) e contato com amigos fora da empresa (43%). Por outro lado, entre os propósitos menos aceitáveis estão o download de aplicativos ou widgets (9%) – pequenos aplicativos de interface gráfica com o usuário – e a publicação de conteúdo não controlado (3%).

A menor produtividade e o aumento no consumo de banda tmbém foram considerados como fatores negativos do uso de mídias sociais no ambiente de trabalho, segundo 84% e 75% das empresas participantes, respectivamente. Já 69% se preocupam com a perda de informações confidenciais ou com a violação de políticas de confidencialidade, e 57% apontam que o uso mais amplo de redes sociais pode aumentar os ataques de vírus ou malware. De acordo com 58% das empresas, as infecções por vírus e malware estão aumentando devido ao uso das redes sociais.

O estudo mostra também que 61% das organizações dizem que os funcionários passam mais de 30 minutos por dia nas mídias sociais, em atividades não relacionadas ao trabalho. Por outro lado, 43% acreditam que os funcionários passam mais de 30 minutos por dia usando a mídia social para fins corporativos. Mundialmente, 63% das empresas admitem que o uso de mídia social no ambiente de trabalho coloca a empresa em risco. Entretanto, apenas 29% delas dizem dispor de controles de segurança adequados.

Um dado que respalda esse receio em relação à segurança é que 52% das empresas já detectaram um aumento da frequência de ataques de malware como resultado direto do uso de mídia social, e 27% dizem que, recentemente, esses ataques aumentaram mais de 51%. Os maiores aumentos foram registrados nos Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Alemanha e Cingapura. Mesmo com uma política para o uso de mídia social no local de trabalho, 65% das empresas avaliam que essa política não é colocada em prática. As três principais razões foram a falta de governança e fiscalização (44%), ter outros problemas de segurança como prioridade (43%) e recursos insuficientes para monitorar a implantação da política (41%).

A queda de produtividade (89%) e aumento no consumo de banda (77%) também foram citados mundialmente como os priores problemas provenientes do uso de mídias sociais por funcionários no ambiente de trabalho. O relatório apontou que globalmente 60% dos funcionários passam ao menos 30 minutos ao dia usando a mídia social para assuntos pessoais. Os Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e México registraram as taxas mais altas de uso de mídia social no trabalho para fins não profissionais. Por outro lado, as empresas alemãs registram o maior índice de uso das redes sociais para fins profissionais.

Os países com mais chances de considerar a mídia social como um recurso importante para atingir os objetivos das empresas são o Reino Unido, Alemanha, Hong Kong, Índia e México. Já os  países onde as empresas percebem menos a importância das redes sociais são a Austrália, Brasil e Itália. 

Para a pesquisa foram entrevistados 4.640 profissionais de TI e de segurança de TI de empresas localizadas na Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, França, Hong Kong, Índia, Itália, México, Reino Unido e Cingapura, todos com uma média de dez anos de experiência no mercado, 54% com nível de supervisor ou acima, e 42% de empresas com mais de 5 mil funcionários.

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