Ifood Pago reforça estratégia de cibersegurança e aposta em cultura de riscos para proteger dados

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Em entrevista concedida à TI Inside, Bruno Henriques, CEO do Ifood Pago, destacou a importância da cibersegurança e da proteção de dados na estratégia da empresa. Em um mercado onde os ataques de negação de serviço (DDoS) estão em ascensão, especialmente no setor financeiro, Henriques compartilhou a visão do Ifood Pago e como a empresa se prepara para enfrentar esses desafios.

Henriques explicou que a segurança de dados é uma prioridade desde que o Ifood começou a implementar suas práticas de inteligência artificial e proteção de informações, em 2018. "A segurança da informação sempre foi uma preocupação muito grande, não só minha, mas também do nosso principal investidor", disse Bruno Henriques. Ele mencionou que a empresa investiu significativamente para criar uma área específica de segurança que opera de forma independente, garantindo que todos os processos sejam bem estruturados e aderentes às regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as normas do Banco Central.

Com a transição do Ifood para o setor financeiro e a criação do Ifood Pago, Henriques enfatizou que os esforços em segurança foram intensificados para lidar com os riscos crescentes. "Agora que estamos entrando no banco, estamos investindo ainda mais porque sabemos que o risco de segurança e fraude aumenta e é ainda mais complexo do que o que estávamos acostumados", afirmou. Ele destacou a criação de uma área jurídica segregada e uma equipe dedicada exclusivamente à segurança e operações, cujo papel é desenvolver regras e sistemas para prevenir ataques cibernéticos.

Um ponto importante abordado por Henriques é a cultura de riscos que o Ifood está implementando em toda a empresa. Segundo ele, o objetivo é treinar os funcionários para que pensem sempre com uma mentalidade voltada para a segurança e regulação. "A cultura de riscos é algo que estamos implementando no Ifood. Nossos times hoje estão sendo treinados para pensar com a cabeça do regulador, entendendo que tipo de risco cada produto pode gerar", comentou o CEO.

Além disso, Henriques destacou a importância de equilibrar inovação e segurança dentro da empresa. Ele mencionou que, embora o time de inovação busque explorar ao máximo os dados para oferecer uma experiência cada vez mais personalizada aos clientes, a equipe de segurança trabalha para garantir que esses dados sejam protegidos de forma eficiente e segura. "É preciso achar um meio termo entre as demandas por dados do time de inovação e as preocupações do time de segurança", disse.

Henriques também falou sobre a adaptação do Ifood Pago às regras específicas do Banco Central, que ele considera essenciais para criar uma cultura sólida de compliance desde o início das operações bancárias. "Se queremos ser um banco, não tem para onde correr. Precisamos começar certo desde o princípio e nos acostumar a gerir o negócio com uma cultura de riscos bem estabelecida", concluiu Bruno Henriques.

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