O tráfego mensal de dados em redes celulares no mundo aumentará quase dez vezes entre 2011 e 2016, passando de 530 PetaBytes para 4,6 mil PetaBytes. O crescimento médio anual nesse período será de 60%. Nesse mesmo intervalo de tempo, o tráfego mensal médio de um smartphone aumentará de 300 Mb para 800 Mb, enquanto o de um laptop conectado a redes celulares subirá de 1,9 Gb para 6,5 Gb. As previsões fazem parte de um estudo realizado pela Ericsson e não leva em conta o tráfego via WiFi, WiMAX móvel e nem entre máquinas (M2M). A Ericsson ressalta que as estimativas podem ser afetadas se as operadoras alterarem sua política de controle de tráfego de rede, impondo mais ou menos limites aos usuários.
De acordo com o estudo da Ericsson, entre 30% e 40% do consumo de dados móveis atualmente se deve a aplicações de vídeo online. Navegação em sites responde por algo entre 20% e 30%. O restante é dividido entre atualizações de software, redes sociais, compartilhamento de arquivos, email, música etc. Na comparação do tráfego por tipo de aparelho, nota-se uma incidência maior de música em tablets e smartphones do que em laptops, enquanto nestes o compartilhamento de arquivos tem uma participação mais relevante que nos demais, respondendo por cerca de 10% do total.
Em 2016, os 4,6 mil PetaBytes consumidos mensalmente nas redes móveis será dividido praticamente meio a meio entre smartphones, de um lado, e laptops e tablets de outro. Segundo a pesquisa, a quantidade de laptops e tablets conectados a redes móveis aumentará de 180 milhões para 550 milhões em cinco anos. No mesmo intervalo, a quantidade de smartphones de alto consumo (iOS, Android etc) subirá de 450 milhões para 2,1 bilhões, enquanto a base dos demais smartphones passará de 810 milhões para 2,6 bilhões. Ou seja, em 2016 haverá aproximadamente 5,25 bilhões de conexões de banda larga móvel no mundo.
Infraestrutura
A cobertura GSM, considerada de segunda geração (2G), deve aumentar de 85% para 90% da população mundial entre 2011 e 2016. No mesmo intervalo, a cobertura 3G no padrão WCDMA/HSPA dará um salto de 35% para 80%. E a cobertura de quarta geração (4G) com o padrão LTE, que hoje atende a uma área onde vive menos de 5% da população, passará para 35% daqui a cinco anos.
PIB
A Ericsson realizou pela primeira vez uma projeção científica do impacto da velocidade da banda larga na economia de um país. Segundo o estudo da empresa, a cada duplicação da velocidade média da banda larga de uma nação, aumenta-se em 0,3% o seu produto interno bruto (PIB). Isso acontece em decorrência de efeitos diretos (investimento na construção das redes); indiretos (serviços contratados por quem constrói as redes) e induzidos (novos serviços que se tornam possíveis graças ao aumento da velocidade). Estes últimos corresponderiam a um terço do aumento, segundo a empresa. Para chegar a essa conclusão, a pesquisa analisou dados de 33 países membros da OCDE e intervalos de velocidades entre 2 e 20 Mbps.