O fundador do site de compartilhamento de arquivos Megaupload, Kim Schmitz, mais conhecido como Kim Dotcom, obteve importante vitória na Justiça da Nova Zelândia. Um tribunal do país decidiu que as autoridades devem abrir as informações sobre as investigações de suas atividades.
Conforme explica o The Guardian, Dotcom acusa agência de inteligência neozelandesa (GCSB) de espionagem ilegal durante a operação que resultou em sua prisão, em janeiro, seguindo instruções do FBI. Ele é acusado de desviar US$ 500 milhões de dólares da indústria de entretenimento com a pirataria de arquivos em seu site e está preso em sua mansão no país, onde aguarda em liberdade condicional a extradição para os Estados Unidos. Agora, a GCSB terá que fornecer os requerimentos recebidos, bem como os arquivos utilizados para monitorar as atividades de Dotcom antes de ele ser detido.
O governo americano luta para levar Dotcom aos tribunais nos EUA, onde enfrenta processos por fraude, lavagem de dinheiro e violação de copyright. Para isso, o trabalho conjunto entre o FBI e a GCSB tem recebido duras críticas internacionais por utilizar métodos ilegítimos de investigação, incluindo vigilância residencial.
No fim de setembro deste ano, o primeiro ministro da Nova Zelândia, John Key, pediu desculpas ao fundador do Megaupload, depois da comprovação de que a GCSB agiu ilegalmente ao espioná-lo.