O Ministério da Ciência e Tecnologia e o governo de Pernambuco promovem reunião no próximo dia 24, em São Paulo, durante a qual vão apresentar aos empresários o potencial do estado para atrair empresas de tecnologia de informação (TI), tanto em software como em hardware. "Pernambuco tem a melhor base científico-tecnológica do Nordeste e isso não tem sido devidamente aproveitado para atrair empresas de tecnologia", disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.
O ministro e o governador Eduardo Campos tiveram o primeiro encontro da gestão do novo governo do estado, quando trataram das parcerias já existentes e das que poderão ser firmadas entre os governos federal e estadual.
O governo de Pernambuco apresentará, entre outras especificidades do estado, as oportunidades de investimentos no Porto Digital e no Parque Tecnológico de Eletroeletrônica de Pernambuco (Parqtel), projeto que foi paralisado nos últimos oito anos e deve ser retomado.
O ministro fará uma apresentação para informar como algumas leis concedem incentivos especiais para investimentos no Nordeste. Rezende disse que já estão sendo convidados para a reunião presidentes de grandes empresas nacionais e estrangeiras da área de TI, inclusive de fabricação de computadores.
Segundo o ministro, o MCT fez vários investimentos em Pernambuco nos últimos anos, mas ressalvou que os recursos tiveram pouca participação do governo do estado. "Agora, com o atual governo, vamos estabelecer uma parceria direta para os próximos investimentos no estado, que tem a Universidade de Pernambuco (Upe) e várias escolas técnicas, uma vez que o grande objetivo é interiorizar o conhecimento", destacou Rezende.
O ministro lembrou que o MCT já vem investindo na instalação de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e em faculdades no interior pernambucano. "Esse esforço só vai ter um resultado maior se houver um grande envolvimento do estado, e isso o governador está querendo fazer."
Rezende citou como exemplo o governo de Minas Gerais, que fez um programa estadual de implantação de CVTs, onde para cada um real que o governo federal investia havia uma contrapartida também de um real do governo estadual. Esse trabalho conjunto, afirmou o ministro, possibilitou que haja hoje em Minas cerca de cem CVTs formando uma rede articulada de geração de conhecimento para a capacitação de trabalhadores e produtores de arranjos produtivos locais.