Pesquisa realizada recentemente pela Wide Research e pelo site Using RFID.com identificou que a adoção em todo o mundo da tecnologia de identificação por radiofreqüência (RFID) dobrou nos últimos 18 meses.
De acordo com o levantamento, as etiquetas em paletes (suporte para empilhadeiras) e embalagens representam a maior fatia do consumo de código eletrônico de produto (EPC). Os paletes e cases respondem por 10,5% das etiquetas RFID utilizadas atualmente. Produtos em lojas de varejo, cartões de crédito e débito, automóveis e ingressos utilizam 9,5%, 7,5%, 5,5% e 2,5% das etiquetas com tecnologia de radiofreqüência, respectivamente.
Na América Latina, o Brasil é o país mais bem colocado entre os associados à EPCglobal, organismo responsável pelos trabalhos com código eletrônico de produtos e que no Brasil vem realizando testes com 17 empresas, entre as quais o grupo Pão de Açúcar, Seal Technologies, RR Etiquetas, Acura Technologies, Genoa, Intermec, Symbol Technologies, HP Brasil, NEC e Pimaco, entre outras. A previsão do órgão é que até o fim deste ano 50 empresas façam parte do grupo brasileiro de testes.
?A adoção do EPC representa uma mudança positiva no conceito de identificação e troca de informações dentro da cadeia de suprimentos. Além de agregar rapidez às transações comerciais e armazenar uma quantidade maior de dados do produto, a tecnologia permite, ainda, a total rastreabilidade das operações?, destaca Roberto Matsubayashi, gerente de soluções de negócios da GS1 Brasil, que criou o Grupo de Trabalho EPC para promover seminários e encontros periódicos para estudo e discussão da tecnologia.
Segundo Matsubayashi, a etapa de conhecimento da tecnologia dentre as empresas do grupo já foi finalizada e agora elas estão partindo para a fase de testes internos e projetos piloto entre fornecedores, distribuidores e varejistas. ?Os testes aqui estão avançando em escala geométrica, porém não podemos prever quando a tecnologia estará totalmente implantada. Na área logística acreditamos que, no máximo, em cinco anos o EPC já atinja massa crítica para permitir total integração?, diz.
Segundo a GS1 Brasil, a etiqueta não substituirá o código de barras. A tendência é que nos próximos anos as duas ferramentas caminhem lado a lado.