Os dados mais recentes sobre vendas de sistemas operacionais para smartphones da Kantar Worldpanel ComTech mostram que no quarto trimestre de 2016 o iOS continuou a crescer ano-a-ano em todas as regiões monitoradas, exceto na China urbana. Já o Android ganhou na maioria dos mercados, exceto Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália.
"Embora o Android ainda tenha um ecossistema maior, a Apple foi a top brand nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha no último trimestre de 2016", afirma Lauren Guenveur, consumer insight director da Kantar Worldpanel ComTech. "Nos cinco maiores mercados europeus, a Samsung ficou em primeiro lugar, seguida pela Huawei. Na China urbana, a Apple não foi capaz de recuperar o primeiro lugar, com a Huawei ocupando esse posto." Os cinco maiores mercados da Europa incluem Grã-Bretanha, Alemanha, França, Itália e Espanha.
Nos EUA, o iOS representou 44,4% das vendas de smartphones no quarto trimestre de 2016, acima dos 39,1% registrado no mesmo período de 2015. O Android ficou com 54,4% das vendas, 4,7% a menos que no ano anterior.
"O iPhone 7 e o iPhone 7 Plus foram os modelos mais vendidos no período de festas, conquistando sua maior participação desde seu lançamento, em meados de setembro, e representando 28% dos smartphones vendidos no quarto trimestre", acrescenta Guenveur. "Mesmo com a esperada queda causada pelos problemas do GalaxyNote 7, a Samsung manteve uma participação de 28,5%, com uma queda de apenas 0,9% em relação ao ano anterior. O dispositivo Galaxy S7, anunciado no Mobile World Congress 2016, foi o terceiro telefone mais vendido no quarto trimestre. A decisão da Samsung de não anunciar o Galaxy S8 no Mobile World Congress 2017 não deverá ter um grande impacto nas vendas, pois rumores dão conta de que o lançamento será em abril", diz a executiva.
O levantamento apurou também que o Android representou 50,6% das vendas de smartphones na Grã-Bretanha no quarto trimestre de 2016 vs os 47,6% do iOS .O que representa um ligeiro declínio do Android, que registrou 51,9% no mesmo período do ano anterior, enquanto iOS cresceu nove pontos percentuais.
"A Apple alcançou sua maior fidelidade na Grã-Bretanha, com 96% de donos de aparelhos da Apple que substituíram seus telefones comprando outro iPhone", afirma Dominic Sunnebo, diretor de unidade de negócios da Kantar Worldpanel ComTech Europe. "Mais de 50% dos compradores do iPhone 7 estavam trocando seus iPhone 6, já que o ciclo de vida da marca continua a pairar em torno de 24 meses. Além da participação da Apple e da Samsung, que combinadas respondem a 73% das vendas de smartphones no quarto trimestre de 2016, o mercado permaneceu fragmentado. Marcas como OnePlus, Alcatel e Google experimentaram um aumento em relação ao ano anterior, enquanto grandes nomes como Sony, LG e HTC diminuíram", atesta Sunnebo.
O Android representou 80,7% das vendas de smartphones no último trimestre na China urbana, um aumento de 9,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O iOS representou 19,1% das vendas, abaixo dos 27,1% no mesmo período do ano anterior.
"O iPhone 7 continuou sendo o modelo mais vendido no mercado chinês no último trimestre de 2016, com 6,8%. No entanto, sua participação foi menor do que o iPhone 6s do ano passado, que representou 10,5% das vendas no quarto trimestre de 2015", diz Tamsin Timpson, diretor de visão estratégica da Kantar Worldpanel ComTech Asia. "Olhando para o mercado mais amplo, houve uma mudança na popularidade. A lista de Top 10 dos modelos de smartphones vendidos na China urbana em 2015 continha apenas três fabricantes – Apple, Huawei e Xiaomi. Em 2016, um quarto foi adicionado a essa lista – Oppo."
As vendas de smartphones caíram globalmente no último trimestre de 2016 em comparação com o último trimestre de 2015, ressaltou Guenveur.
"Considerando o status de top-seller do iPhone 7, a ausência de uma tomada de fone de ouvido não foi um grande problema para os consumidores – e as consequências dos problemas com a bateria da Galaxy Note 7 também não foram um fator significativo. Como os smartphones se tornaram commodities, há menos razões imperiosas para frequentemente comprar um novo, mesmo quando os descontos são abundantes. A tecnologia avança continuamente e, embora os smartphones permaneçam no centro de muitas novas tecnologias, como a VR, a conexão doméstica e a IoT, não são mais os dispositivos mais excitantes da casa", conclui.