Em discurso em Washington nesta sexta-feira, 8, Mary Jo White, presidente da Securities and Exchange Commission (SEC), declarou estar preocupada com a maneira que funcionários do governo americano estão lidando em relação a onda de ciberataques nos EUA, os quais, segundo ela, representam o "maior risco sistêmico" já enfrentado pelo país. A informação é do The Wall Street Journal.
Mary salientou que, embora os esforços de agências reguladoras e empresas públicas sejam relevantes para obter um melhor controle sobre ameaças cibernéticas com amplas implicações para a segurança nacional e para a economia americana, ainda há lacunas em como o governo está abordando a questão.
"Uma das minhas principais preocupações sobre esta área é que quase todo mundo sabe do alto risco e prioridade do assunto, mas ainda não está bem estabelecido de quem é a maior responsabilidade para tratar o problema", disse ela em uma conferência, acrescentando que o governo deveria ser o responsável.
Medidas
A preocupação de que os hackers possam causar estragos em empresas norte-americanas levaram a indústria, em especial bancos de Wall Street, a trabalhar em estreita colaboração com a polícia federal americana, o FBI, e outras agências de aplicação da lei para impulsionar a cibersegurança.
Autoridades da indústria confirmam que a gama de ataques cibernéticos continua assustadora, fato reforçado após o ataque hacker ao banco norte-americano JP Morgan, em agosto do ano passado, que atingiu 76 milhões de correntistas e 7 milhões de pequenas empresas. Desde então, reguladores financeiros intensificaram a coordenação de políticas junto com os decisores políticos em um comitê liderado pela subsecretária do Tesouro dos EUA, Sarah Bloom Raskin.
Na SEC, alguns funcionários têm pressionado empresas públicas a divulgar voluntariamente mais sobre violações que lhe afetaram e ampliado sua fiscalização em empresas de Wall Street.