Inovação contínua, aumento da receita de publicidade e o crescimento do negócios em nuvem ajudou ao Google recuperar da Apple a primeira posição no ranking BrandZ Top 100 marcas globais mais valiosas 2016, divulgado nesta terça-feira, 7, pela WPP e a Millward Brown.
Devido a inovação contínua, crescimento das receitas publicitárias (mais de 95% do faturamento da empresa) e aumento dos seus produtos na nuvem, o Google voltou ao primeiro lugar. O valor da marca cresceu 32% e atingiu US$ 229 bilhões, enquanto a Apple, vencedora no ano passado, caiu para a 2ª posição, com uma queda de 8% e US$ 228 bilhões. A Microsoft permanece como número 3, com um crescimento de 5% e atingiu US$ 122 bilhões de dólares.
Duas marcas ícones, Marlboro e Coca Cola, deixaram o Top 10 pela primeira vez desde 2006, desbancadas pelo Facebook (5º lugar, + 44%) e Amazon (7º lugar, + 59%) que integram o Top 10 pela primeira vez. Desde sua entrada no ranking, em 2011, o Facebook aumentou seu valor de marca em 246%, enquanto a Amazon tem mantido um crescimento constante, como resultado de uma transformação global e a experiência multicanal.
"A queda de ícones do Top 10 que observamos esse ano é uma mudança de paradigma que as marcas não podem ignorar: a existência de um
consumidor cada vez mais preocupado com seu bem-estar. Daí surge a importância das marcas promoverem inovações disruptivas que as permitam satisfazer a necessidade que os consumidores possuem de cuidar mais de sua mente e corpo", comenta Gabriel Castellanos, CEO da Kantar Consumer Insights na América Latina.
Vale destacar que nos últimos 11 anos o valor das marcas incluídas no BrandZ ™ Top 100 cresceu 132%, atingindo um total de US $ 3,4 bilhões, 3% a mais do que em 2015.
Dentre as principais conclusões do estudo BrandZ Top 100 2016, destaca-se:
- A tecnologia está avançando sobre a importância na vida das pessoas. Um terço do valor das marcas dentro do Top 100 vem de marcas de tecnologia. Se somarmos ao setor de Telecomunicações, chegamos a quase metade do valor do ranking (cerca de 5 vezes o seu valor em relação a 2006).
- Sete novas marcas entraram no Top 100. Lowe (76°), CVS (88°), Moutai (93°), Heineken (97°), AIA (98°), JD (99°) e Adobe (100°).
- China e Estados Unidos são os países dominantes. Quinze das 23 marcas da Ásia são da China e 49 das 51 marcas da América do Norte são dos Estados Unidos. Campeão com o maior número de marcas no ranking, os EUA estão presentes em todo o Top 10 e em 12 das 17 marcas de tecnologia.
- Cerveja foi a categoria que mais cresceu (taxa de crescimento de 44,3% comparado com 2015). Seguida das categorias de seguradoras (32,5%), varejo (17,9%), entretenimento (14%) e fast food (14%).
- Vestuário é a categoria que mais cresce, subindo 14% para US$ 114bn. Há um ênfase no alto desempenho, com marcas como a Nike (+ 26%) lançando linhas Premium especializadas, incorporando tecnologias como monitores cardíacos em suas roupas e integrando vestuário esportivo com aplicativos gratuitos para fornecer uma experiência total ao consumidor.
- Disrupção se estende para o ranking em si. Quase metade das marcas (46) no Top 100 2016 entraram no ranking após a primeira edição, em 2006; 54 delas estão nele desde o começo. Isso mostra como uma marca forte pode sustentar o seu valor ao longo do tempo, mas também ilustra o potencial que existe para marcas novas agitarem de maneira bem sucedida o status geral.
- Fortes ligações emocionais estão impulsionando marcas locais. Com uma compreensão mais clara das necessidades dos seus consumidores, marcas locais estão ganhando market share e, com melhores operações e estratégias de marketing, também estão ganhando participação em novas regiões. A Huawei da China (50º, + 22%), por exemplo, globalizou-se rapidamente e conquistou market share de Apple e Samsung.
Para Eduardo Tomiya, diretor-geral da Kantar Vermeer, "a importância de marcas de tecnologia é evidente, uma vez que novamente elas estão entre as mais valiosas em 2016, mas o sucesso futuro dependerá de sua capacidade de se encaixar no cotidiano dos consumidores. O desafio é oferecer uma experiência real para seus clientes, seja através da construção de proximidade, onipresença e customização ou adquirindo um papel ativo nas categorias tradicionais".
"As marcas que se desenvolvem, independentemente do setor, e que podem enfrentar os desafios e mudar os padrões atuais são aquelas que implementam inovação para além dos seus produtos e serviços e se concentram na criação de experiências significativas para os consumidores. Nos últimos 10 anos, as marcas identificadas como inovadoras cresceram 9 vezes mais que as empresas que inovaram menos. Neste sentido, as marcas latino-americanas têm um duplo desafio para chegar ao ranking global: inovar disruptivamente e aumentar seu alcance", completa Silvia Quintanilha, vice-presidente comercia da Millward Brown Brasil.
O relatório BrandZ Top 100 marcas globais mais valiosas oferece resultados, rankings e uma grande variedade de insights de marcas chaves para regiões no mundo. Os 14 diferentes setores estão disponíveis online aqui. Um novo aplicativo interativo está disponível de maneira gratuita para iOS e Android no site www.brandz.com/mobile, bem como para download na Apple Store e no Google Play.