DevOps se posiciona como uma ponte entre o negócio, o desenvolvimento e o usuário final

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No dia-a-dia, as empresas se tornam cada vez mais dependentes de aplicativos para ajudá-las a permanecerem competitivas e entrarem em novos mercados. Com essa crescente dependência, há um número igualmente progressivo, o de tendências que influenciam a forma de como um aplicativo é desenvolvido. Esse processo pode envolver desde mudanças nas necessidades de negócios até as tendências de mercado, temas, histórias de usuários e muito mais.

Há duas comunidades muito claras quando se trata de desenvolvimento de aplicativos. Existem os stakeholders empresariais, que definem a direção do produto a partir de uma perspectiva de negócio e há a equipe responsável pela condução deste aplicativo durante sua jornada chamada DevOps, que é encarregada de testar, construir e entregar o próprio produto. Cada projeto de desenvolvimento de um aplicativo de negócio tem tido esses dois lados distintos, um focado em como superar as expectativas dos clientes com diferenciais competitivos, enquanto o outro busca interpretar essas definições e traduzi-las para uma aplicação da vida real.

Isso tudo soa como um processo razoavelmente simples. Mas, na realidade, as expectativas em torno do que um serviço ou produto deve parecer diferem de empresa para empresa, e é impossível usar uma única abordagem para satisfazer as necessidades de comunicação de todos dentro do tempo esperado.

Quando essa comunicação se quebra, o maior perdedor é o cliente, que acaba com um produto ou serviço mal concebido. Então, como as empresas podem superar a lacuna de comunicação entre o DevOps e as partes interessadas de negócios para construir as melhores aplicações possíveis para os clientes?

Foco nas expectativas do cliente

Não existe uma explicação clara sobre quem define a direção de um produto. Não só isso varia entre empresas, como também se estende por uma variedade de funções, como representantes de vendas, gerentes de marketing de produtos e equipes de prestação de serviços.

Essas diversas partes interessadas coletam e compartilham informações de maneiras diferentes. No entanto, todos eles precisam trabalhar para o objetivo comum de criar uma grande experiência do cliente com um produto ou serviço que os diferencia de seus concorrentes e, tudo isso dentro do prazo projetado.

É importante que as empresas invistam tempo e esforço nas fases iniciais de desenvolvimento, reunindo informações e planejando cuidadosamente, se quiserem desenvolver um produto realmente inovador e útil. As áreas mais comuns a considerar para iniciar este processo são: feedback do cliente, tendências de mercado, relatórios de analistas e análise competitiva.

Esta análise deve representar os pontos de vista de inúmeras partes interessadas em toda a empresa, com a menor confusão possível. Deve levar a um resultado positivo através de uma colaboração eficaz e focada entre os dois grupos de interesses das empresas e os participantes das etapas do DevOps.

Viver pelo atraso

Aqueles que trabalham com agilidade devem se concentrar em ajudar a equipe de desenvolvimento a entender o que precisa ser entregue. Trabalhadores ágeis criam, validam, quebram, estimam e classificam as histórias de usuários no backlog. Eles precisam de o máximo de informações possíveis para uma história, a fim de ser clara e consistente.

Encontrar um ponto intermediário

Nem as equipes envolvidas diretamente no DevOps ou os stakeholders de negócios devem ter de alterar seus processos para entregar aplicativos de forma melhor e mais rápida. Eles devem ser capazes de expressar suas necessidades de maneiras diferentes, se comunicando de uma forma que garanta que todas as partes entendam o que está sendo entregue, e como.

É importante que a equipe de desenvolvimento ágil precise se concentrar em agregar valor ao negócio, fornecendo funcionalidade através de princípios, ferramentas e processos ágeis. Ele também precisa garantir que as histórias dentro do backlog representem as prioridades solicitadas pelos stakeholders empresariais.

Por sua vez, essas partes interessadas precisam entender como a equipe de desenvolvimento quebrou e priorizou as necessidades do negócio em histórias. Eles também precisam estar cientes quando uma prioridade muda no backlog e o que isso significa.

As organizações precisam unir esses princípios e corrigir a falha de comunicação entre os participantes do DevOps e as partes interessadas. Só então veremos aplicações sendo construídas para darem às empresas uma verdadeira vantagem competitiva e que sejam verdadeiramente apreciadas pelos clientes.

Adriano Alves,  diretor de parcerias da América Latina da Micro Focus Brasil.

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