A Eagle Harbor Holdings, uma pequena empresa do estado de Washington, nos Estados Unidos, comprou uma briga com a montadora Ford. Ela entrou com ação na Corte Federal na qual alega ter desenvolvido a tecnologia do Ford Sync System e uma série de recursos de segurança que a montadora vem adicionando em suas linhas de veículos, o que, segundo a Eagle, viola sete de suas patentes.
O Ford Sync System é fruto da parceria com a Microsoft e permite ao condutor operar celulares, iPod ou dispositivos Bluetooth conectados ao veículo. Apesar de no Brasil estar disponível apenas nos modelos Edge e Fusion, o sistema equipa cerca de 4 milhões de veículos da montadora desde o lançamento da tecnologia, em 2007.
Analistas ouvidos pelo New York Times avaliam que dificilmente a montadora será obrigada a retirar o sucesso de vendas de sua linha de produção. Segundo eles, é mais provável que a Ford tenha que pagar milhões de dólares por royalties se perder o processo ou se recusar a fazer um acordo. Embora menos frequentes na indústria automotiva, é comum ver carros e caminhões equipados com computadores de bordo.
Em comunicado enviado ao jornal americano, a Ford alega que "ainda não teve a oportunidade de revisar os detalhes do processo". Já o conselheiro da Eagle Harbor Holdings, Jeff Harmes, diz que a companhia vem tratando sobre a licença da tecnologia com a Ford há seis anos, mas em 2008 ela interrompeu as negociações. Ele reforça que a montadora foi notificada da violação das patentes diversas vezes, em 2009 e 2010.
A empresa autora do processo tem apenas 15 funcionários, porém tem o apoio do Fundo de Propriedade Intelectual Northwater, empresa canadense que já recebeu US$ 290 milhões no mês passado, determinados pelo Supremo Tribunal dos EUA, em uma disputa de patentes com a Microsoft. Mesmo assim, Harmes afirma que a Eagle Harbor Holdings prefere chegar a um acordo com a Ford em vez de continuar com o processo.
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