2015 é, definitivamente, o ano do pagamento móvel. Uma pesquisa da KPMG indicou que, até o final de dezembro, 83% dos executivos do varejo de serviços financeiros, tecnologia e telecomunicações acreditam que os pagamentos móveis vão ter uma adoção generalizada pelos consumidores. Atualmente, uma pesquisa internacional indicou que uma em cada quatro transações é paga com dispositivo mobile.
No entanto, para que esse número seja alcançado, é necessário que o varejo físico e virtual sejam cada vez mais inovadores na hora de oferecer ferramentas ao cliente. É hora de ser disruptivo no desenvolvimento de soluções de pagamento.
Ao ver números como os passados pela pesquisa, é difícil imaginar que existam muitos estabelecimentos que não possuem nenhum tipo de sistema de controle, seja no frente de caixa para aceitar cartões ou no ERP. Mas esse público – carente de tecnologia por ter um custo elevado ou desconhecimento – deve ser visto como uma grande oportunidade pelo desenvolvedor.
Imagine um programa instalado em um tablet em que o dono de uma pizzaria de bairro pode controlar estoque, registrar pedidos, administrar o controle de caixa, e ainda, aceitar cartão de crédito, a fim de aprimorar a experiência de compra do cliente e simplificar toda a gestão da loja?
Os desenvolvedores precisam começar a pensar em plataformas já conectadas a sistemas de pagamentos, principalmente em se tratando aos adquirentes de cartão de crédito. Somente dessa forma a experiência de pagamento se tornará um diferencial para a fidelização do cliente.
APIs e SDKs – Fazendo a integração
Para transacionar informações de cartão de crédito é preciso uma série de itens de segurança e certificações como o PCI DSS 2.0, entre outros.
No entanto, não deixe que isso atrapalhe o desenvolvimento criativo do aplicativo. É possível encontrar APIs (Interface de programação de aplicações), SDKs (Kit de desenvolvimento de Software) e documentações com tudo o que é preciso para incluir uma funcionalidade de pagamento nas mais diversas soluções. Essas possibilidades com infraestrutura de captura e transações de pagamento das principais bandeiras do mercado já é oferecida por alguns adquirentes no país.
Como funcionaria?
O usuário terá uma transação de interface que o levará da sua aplicação para a aplicação do adquirente. Quem se comunica com o PinPad é o aplicativo do adquirente, previamente conectado dentro do mesmo.
Na maioria dos casos, o aplicativo já é encarregado de avisar quando há ou não uma conexão com algum PINPad. Se o usuário não estiver conectado com nenhum dispositivo, o aplicativo exibirá um botão para buscar e conectar com algum dispositivo.
Conectado o dispositivo e realizada a primeira transação, cabe ao adquirente, via integração responder a transação, aprovada ou negada, e retornar para o aplicativo que o chamou, enviando algumas informações que foram recebidas do autorizador.
A ideia da integração é fornecer a experiência de integração simples e rápida a qualquer desenvolvedor, e levar a solução de pagamentos com cartões de crédito e débito para todos os lojistas.
A integração é feita a partir de um .jar que é adicionado ao projeto do lojista, um método simples fica responsável por passar os parâmetros para o aplicativo do adquirente, que fará todo o resto, conexão, validações e o processamento da transação.
Em resumo, se tornar disruptivo na hora de desenvolver soluções que auxiliem o comércio a se automatizar, com gestão e, ainda por cima, tornar o pagamento algo agradável ao cliente, é um novo mercado de oportunidades.
João Freitas, desenvolvedor mobile da Stone, novo adquirente no mercado de cartão de crédito.