Silver Hub foca no mercado de longevidade como aceleradora de startups early stage

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Pode parecer exagero, mas não é: no Brasil, o mercado da longevidade movimenta R$ 1,6 trilhão por ano em produtos e serviços, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae-SP. Esse número reflete o desempenho que as Agetech ou Silvertech já mostraram nos Estados Unidos, com investimentos de Venture Capital na ordem de R$ 1 bilhão, em 2021.

Dentro deste cenário, surge a Silver Hub, aceleradora pioneira e especializada no mercado de longevidade, que participa diretamente do desenvolvimento de startups, auxiliando-as a passar por esse momento de incertezas, conhecido como 'o vale da morte' por alguns empreendedores. "Nosso trabalho é mão na massa. Queremos ser um trampolim de apoio em diversas frentes para fazer crescer o negócio, inclusive, no suporte emocional aos founders, que enfrentam a solidão e outras dificuldades na difícil jornada de empreender", afirma Cristián Sepúlveda Lazzaro, CEO e cofundador da Silver Hub.

Um a cada três brasileiros será sênior nas próximas décadas, como estima o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Esse grupo já soma mais de 37 milhões de pessoas. Como os negócios nesse segmento ainda são incipientes, no Brasil, o propósito da aceleradora Silver Hub é investir em startups que produzam inovação em produtos e serviços para a população sênior (50+), iniciativa que vem ao encontro da mudança radical do mercado, associada ao envelhecimento da população.

"Vemos uma grande oportunidade no mercado da longevidade, tanto pelo crescimento orgânico, quanto pela grande disrupção tecnológica que chegará nesse mercado, a chamada 'digitalização': usar tecnologia para melhorar produtos e serviços. Os segmentos como o financeiro, securitário, telecomunicações, saúde e educação, por exemplo, serão fortemente impactados pelo efeito dessas mudanças. Muitas empresas ainda não perceberam essa transformação", ressalta Sepúlveda.

A Silver Hub apresenta-se ao mercado como um centro de referência de negócios e tendências para startups com base tecnológica que apostam no mercado da longevidade.
Pautada pela diversidade, a aceleradora tem como estratégia acolher diversas startups -localizadas dentro ou fora do eixo Rio-São Paulo -, bem como founders de múltiplas etnias, idades e gêneros.

Chileno, residente no Brasil há 12 anos, Cristián tem uma visão 360 graus sobre a América Latina: atuou como Diretor Executivo da Atento-Telefónica e em diversos cargos C-Level pelos países do continente. Também conhece as dores de empreender, já que co-fundou startups e, atualmente, participa de conselhos consultivos de algumas delas.

A jornada para transformar a Silver Hub em uma referência para os empreendedores early stage que desenvolvem negócios no mercado de longevidade, conta ainda com os cofundadores Marcos Eduardo Ferreira, que atuou como CEO da MAPFRE Seguros no Brasil e América do Sul, conselheiro e investidor de startups, e a executiva e empreendedora Arine Rodrigues, co-fundadora do marketplace Vida 60 Mais.

"A ideia de montar a aceleradora surgiu durante o programa de especialização para executivos sobre o mercado da longevidade, ministrado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), da qual nós três participamos. Nós já vínhamos atuando no mercado de longevidade. O encontro na FGV proporcionou criarmos uma nova plataforma de negócios, a Silver Hub", afirma Ferreira.

A aceleradora Silver Hub é pioneira no Brasil com foco exclusivamente em negócios de longevidade. "Queremos nos posicionar como uma boutique de investimentos especializada em Agetech e, após consolidarmos o negócio no Brasil, expandiremos para a América Latina, com base em nossa expertise", afirma Sepúlveda.

O CEO contextualiza que o mercado de startups passa por ajustes necessários, e está no meio de uma mudança pela diminuição de liquidez nos investimentos de alto risco. "Valuations mais realistas, diminuição dos valores investidos e uma maior seletividade dos fundos. Para navegar bem nesse cenário, a Silver Hub aposta na experiência dos 'cabelos brancos'".

A Silver Hub desenvolveu o próprio método de aceleração composto por três pilares: metodologia (prática), capital e know how. Com base nesse conceito, a aceleradora incorpora as melhores práticas do mercado, por meio de um conselho consultivo, formado por altos executivos e empreendedores, que será presidido por Marcos Eduardo Ferreira.

As pesquisas de mercado apontam que, na opinião do público sênior, os serviços e produtos não estão desenhados para atender às suas necessidades: "Basicamente, todas as pesquisas, de diferentes segmentos econômicos, apontam nessa direção. Quer porque o desenvolvimento dos produtos ainda não leva em consideração a expectativa dos seniores; quer porque o processo de comunicação da indústria com este público não esteja alinhado.

O mercado sênior é crescente e com poder de compra considerável", afirma Ferreira.
O modelo de negócios da Silver Hub é baseado em 100% investimento de risco nas startups. O capital intelectual e financeiro será trocado por participação acionária nos negócios apoiados. A Silver Hub planeja investir, em 24 meses, entre R$ 3 a 5 milhões nas startups selecionadas pelo edital. "O plano é acelerar entre 15 e 20 startups neste prazo. Os valores investidos para cada startup dependerão, principalmente, da experiência dos cofundadores, da atratividade das soluções da empresa e do potencial do mercado", conta Cristián Sepúlveda.

De acordo com o CEO, a Silver Hub está trabalhando na formação de parcerias com universidades, empresas e outras instituições que fomentem o empreendedorismo.
Edital para captação de recursos da Silver Hub

A Silver Hub lança o edital de seleção de startups que estejam dentro do propósito de inovação de soluções e produtos para o público sênior. Terão prioridade as startups que estejam faturando, que tenham base tecnológica e com alto potencial de escala. O edital, que receberá as propostas até 31 de julho, pode ser acessado na página da Silver Hub.

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