Investidores pressionam Atos Origin a retomar negociações de venda

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Depois de anunciar em maio passado que havia interrompido as conversações com seus potenciais compradores, o que pôs fim aos rumores de que seria vendida, a Atos Origin poderá voltar a entrar jogo das fusões e aquisições. É que os dois maiores investidores da empresa francesa de serviços de TI, que controlam quase 20% do seu capital, firmaram um pacto para pressionar que ocupem um ou mais assentos no board da companhia.

As duas instituições que estariam por trás dessa investida é o fundo de hedge Centauros Capital, do Reino Unido, que detém 10% do capital, associado com o fundo de investimentos americano Pardus Capital Management, que recentemente aumentou sua participação para 9,5% na empresa.

Os dois fundos se negaram a comentar sobre o pacto, mas de acordo com uma fonte próxima da empresa, ele pretendem ?forçar? para que ocupem assentos no conselho de administração da Atos Origin, conforme apurou o jornal britânico Financial Times. ?Ambos os fundos querem a Atos participando da consolidação do setor de serviços,? disse a fonte. ?Como compradora ou um alvo de aquisição.? E completou: ?Eles querem que o board considere todas as opções estratégicas e como acionistas também querem jogar um papel decisivo nesse processo?.

Embora a posição de ambos os fundos seja compreensível, os analistas da indústria avaliam que o pacto só servirá para reforçar as incertezas quanto ao futuro da companhia. As ações da Atos tiveram uma movimentação temporária nos últimos 12 meses. Elas sofreram um golpe depois de dois períodos de lucros no ano passado. Mas, em maio, os papéis caíram outra vez, depois que vazou para o mercado que a companhia estava mantendo conversações com compradores potenciais, o que levou, em seguida, ela declarar que havia interrompido as negociações e que iria procurar superar suas dificuldades financeiras (turnround) sozinha.

Phillippe Germond, o novo CEO da Atos, procurado pelo jornal britânico para falar sobre a pressão dos dois fundos foi evasivo. Em uma entrevista disse apenas que a companhia ?não está à venda?.

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