O mercado de open source que foi visto com desconfiança no passado, agora é caminho das empresas para a transformação digital. A Red Hat é uma prova disso, pois hoje tem um valor de mercado superior a US$ 14 bilhões, sem deter qualquer solução proprietária como os demais concorrentes, baseando suas receitas em assinatura, treinamento, serviços e suporte aos clientes por no mínimo 10 anos.
A informação é de Gilson Magalhães, presidente da Red Hat Brasil, no Fórum 2015, que aconteceu no último dia 8, em São Paulo, acrescentando ''que a TI está sofrendo uma rápida uma rápida transformação, que será acentuada em curto prazo por uma ''nova onda" de tecnologia. Para enfrentar este cenário desafiador, é necessário que as organizações tenham uma energia renovada e apostem em um modelo mais dinâmico, eficiente e economicamente mais sustentável, que envolva um trabalho em rede entre empresas e comunidades, oferecendo uma melhor experiência ao usuário final", analisa Magalhães.
"Não há mais a opção de ficar à margem do mundo colaborativo. O open source é hoje uma realidade e está presente onde menos se imagina: em aplicações críticas de bancos, em centrais telefônicas, nos automóveis, no maior sistema de reservas de passagens aéreas do mundo, nas principais bolsas de valores do planeta e nos sistemas de muitos governos. Nas soluções de Internet das Coisas ele será uma participação fundamental, conectando sensores e outros dispositivos com as soluções de negócios"..
"O que estamos propondo nesse evento é o OpenShift, uma "Platform-as-a-Service" da Red Hat (PaaS) que permite aos profissionais desenvolver aplicativos de host em escala, num ambiente de nuvem, com opções de projeto em código aberto", explica o executivo.
O portfólio da Red Hat, além do Open Shift, inclui o Open Stack (infra como serviço- IaaS); Cloud Form, uma ferramenta de orquestração para nuvem; e MbaaS, novo middleware que explora interfaces de programação de aplicativos (APIs) e funções que permitem aos desenvolvedores construir novos aplicativos mobile e possibilita reescrever aplicações legadas para uso móvel.
Um dos exemplos da colaboração OpenSource, foi o caso do Serpro apresentando no evento, que conseguiu conectar todas suas bases de dados em diferentes tecnologias, para possibilitar uma visão unificada de todas elas juntas. As bases de dados estão em ambientes como DB2, SQL, Oracle e também Adabas, para o qual não havia um conector de mercado. ''Ele foi construído com uso de Data Virtualization por um desenvolvedor do Rio Grande do Sul, viabilizando assim a integração completa das informações públicas", explica. Magalhães.
A Red Hat também está indo na contramão do mercado nesse momento, pois, segundo o executivo, existem mais de 1.400 vagas abertas no Brasil na comunidade Open Source, que mundialmente contabiliza mais de 200 mil desenvolvedores. Ela também está ampliando seu escritório em São Paulo, para aumentar seu quadro de pré-vendas, uma vez que seus 40 engenheiros técnicos trabalham em casa com o objetivo de apoiar e fomentar as diferentes comunidades Open Source.