O mercado de Turismo tem que se adaptar aos millenials

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A internet acessível já é uma realidade e está na palma das mãos, as informações nos acompanham 24/7 onde existir sinal de wi fi ou sinal telefônico. Bem ou mal o wifi, o 3g, o 4g e o 5g são os canais por onde a instantaneidade chega. Aconteceu algo às 13h, às 13h01 já está nas redes sociais, nas mensagens instantâneas, no boca a boca de todos, independente de onde "todos" estejam localizados. Já estamos mais que na era da informação, estamos na era da informação e da instantaneidade.

A geração Y, ou Millenials, nascidos entre 1980 e meados de 1990, nasceu e cresceu com a tecnologia em mãos. Ainda não existiam smartphones, mas a internet já estava a todo vapor. Esta já é tida como uma das maiores gerações de todos os tempos e, ao mesmo tempo que já está no mercado de trabalho produzindo e desenvolvendo ainda mais tecnologia, também já tem poder de compra. Conclusão? Apesar de esta geração estar nos primeiros anos como consumidores, seus integrantes querem o que há de melhor e mais conveniente no mercado, sabem pesquisar, conhecem ferramentas de informação, influenciam o redor, e exigem comunicação de ponta.

Além disso, essa geração se importa menos com marcas e mais com experiências. Segundo pesquisa da Expedia – Expedia Future Foundation | baseado em 1000 respostas online por país com consumidores de 18 a 64 anos, em Março de 2016 -, os Millenias preferem viajar e viver novas experiências (72%) a ter um carro (65%). E compartilhar experiências também é importante para a geração que lidera as redes sociais: 56% de Millenials postam fotos visitando lugares, enquanto que os não-Millenials que fazem o mesmo representam apenas 32%. Os Millenials, definitivamente, tem o poder de informar instantaneamente e de influenciar via diversas redes sociais. Eles se deixam influenciar por fotos e destinos visitados por amigos: 42% deles está sempre ligado aos posts e aberto a dicas online de onde ir nas próximas férias, contra 29% da geração X (nascidos entre os anos 1960 até o final dos anos 1970) e 16% de Baby-Boomers (nascidos entre 1943 e 1960).

E como as empresas estão trabalhando nessas questões? O que estão fazendo para acompanhar as necessidades dos viajantes da geração Y e querem cada vez mais viajar e ir mais longe? Já temos ótimos aplicativos de busca de acomodações via GPS com reservas instantâneas; modelos de reputação de hospedagem colaborativos, por meio da avaliação de hóspedes que de fato se hospedaram; canais de contato entre hóspedes e hoteleiros, tudo para que o consumidor esteja satisfeito e queira voltar ao hotel; tendo também garantido um bom atendimento de ponta-a-ponta, seja on-line ou por voz. Ainda há muito a ser trabalhado no setor de turismo e hotelaria.

Ainda há hospedagens e modelos de negócio que assumem uma sobrevivência baseada na verdade do modelo utilizado com os baby-boomers e com a geração X. Os Y já são a atualidade, compram, vendem, postam, compram de novo e quem, em pouco tempo, não estiver na lista deles, estará fora. Vale pensar sobre!

Rafael del Castillo, diretor da Expedia para a América do Sul.

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