"Se existe uma rede de fibra óptica disponível, por que não usar?". Essa foi a frase que o presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, usou para começar a falar sobre o projeto do Plano Nacional de Banda Larga, em elaboração pelo governo. Isso não quer dizer, contudo, que a Telefônica apoie a ideia de uma rede estatal de telecomunicações. "Acho desnecessária uma concessionária estatal. Existe uma parte da população que será atendida com banda larga pela capacidade econômica e outra que precisará de ajuda. A discussão sobre quantos estão em cada lado é o que temos que fazer agora", disse Valente. Ele lembrou que o modelo atual, vigente desde 1998, teve sucesso em trazer serviços à população, "sem nenhum centavo de investimento público". Mas reconheceu também que os serviços de telecomunicações estão mudando e que é natural que o Estado passe a pensar em outras prioridades. "Os vetores que nortearão as telecomunicações no futuro serão capacidade de banda e mobilidade".
- Plano Nacional de Banda Larga