A EMC Brasil, fabricante de sistemas de armazenamento e gerenciamento de informação, lançou nesta quinta-feira, 8, a pedra fundamental do centro de pesquisas e desenvolvimento que irá construir no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, na capital fluminense. Anunciado em junho, o centro está previsto para entrar em operação daqui um ano e meio. O projeto é fruto de uma parceria entre a empresa americana, os governos do estado e do município e a Petrobras, e contará também com o apoio do governo de Massachussets, nos Estados Unidos.
“Estamos investindo mais tempo do que dinheiro”, afirmou o governador de Massachusetts, Deval Patrick, sem fornecer detalhes de como o estado, referência em inovação no mundo, irá contribuir para o desenvolvimento do centro. Ele explicou que os membros da delegação americana estão cada vez mais próximos de autoridades brasileiras e empresários para trocar experiências sobre parcerias público privadas (PPP) que contribuam com o compartilhamento de novas tecnologias.
O presidente de enterprise e armazenamento da EMC, Brian Gallagher, destacou que o centro de pesquisas terá como foco o desenvolvimento de soluções para a gestão de grandes volumes de dados (big data), em especial para a área de petróleo e gás, tendo em vista o potencial de exploração da região com o pré-sal e o alto volume de dados que serão gerados com o desenvolvimento da indústria. “O volume de informações irá aumentar em 50 vezes na próxima década, o que justifica a necessidade de investir na gestão de dados. O centro irá trabalhar o big data nos quatro processos da indústria de óleo e gás: compra, análise, gestão e colaboração”, explicou Gallagher.
O presidente da EMC no Brasil, Carlos Cunha, disse que a empresa vai investir R$ 100 milhões nos próximos cinco anos em projetos em todo o Brasil. Ele informou, ainda, que 50 pessoas deverão trabalhar na nova unidade de pesquisas nos próximos quatro anos, sendo 35 pesquisadores, todos brasileiros. Haverá também uma incubadora, que já apoia a atividade de 50 start-ups brasileiras do setor de TI. Segundo os termos do contrato, a empresa se comprometeu com a construção das instalações, gestão das atividades nos próximos 20 anos e o investimento anual de US$ 1,7 milhão a US$ 1,8 milhão em pesquisa e desenvolvimento. O terreno, que pertencia às Forças Armadas, foi comprado pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
O Parque Tecnológico conta, atualmente, com 34 empresas instaladas, sendo 20 companhias nascentes, dez de grande porte e quatro de pequeno ou médio portes. Quando o parque estiver totalmente implantado, dentro de cinco anos, a meta é elevar o número de empresas para 200, que devem empregar cerca de 5 mil pesquisadores.
*A jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da empresa.