Para o COO da TIM, Pietro Labriola, o degredo da retomada da rentabilidade e do crescimento da operadora, que vem perdendo receitas há alguns trimestres, não está apenas no crescimento bruto, mas no controle do churn. E esse controle virá de uma oferta mais vantajosa para o assinante e de uma melhor qualidade de serviço. "As mudanças que fizemos nos novos planos já se refletiram nas vendas e agora começam a se refletir no churn, que estava muito alto. O elemento chave da nossa estratégia é diminuir o churn", diz o executivo. Segundo ele, a TIM está ganhando pós-pagos a cada mês, que são clientes com maior rentabilidade. Sobre a recuperação do segundo lugar em market-share no mercado em outubro, ele explica que isso se deu porque o ajuste de base da TIM foi feito ao longo do ano de 2015 e que agora a operadora tem uma base mais saudável. "Mas não devemos olhar o mercado pelo número de clientes, mas pela rentabilidade".
Ele minimiza a oferta combinada que Oi e Claro têm adotado, porque entende que elas não necessariamente estão trazendo rentabilidade e aumento de receitas para as operadoras. "Acho que a Vivo é uma referência melhor na questão de ofertas convergentes porque não perdeu rentabilidade", diz ele. A TIM, por sua vez, por não ter uma rede fixa que dê suporte a serviços de banda larga e por não ter TV por assinatura, não tem essa alternativa. "Temos o Live TIM em São Paulo e Rio de Janeiro, e boa parte do mercado para combos está nessas cidades. Ali vamos intensificar a oferta convergente a partir de abril de 2017". A parte de vídeo dos pacotes será feita em parceria com provedores de conteúdos OTT, sem investimento em equipamentos e programação. A TIM, contudo, não tem planos de expandir a estrutura de acesso residencial por fibras para outras cidades de imediato, mas estuda a possibilidade de oferecer os serviços de band alarga e telefonia fixa pela rede LTE em 700 MHz.
Avante Tim!