Ano novo sem assédio: O que as empresas podem fazer?

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A Think Eva em conjunto com a SafeSpace, com o apoio do Instituto Avon e da Coalizão Empresarial pelo fim da violência contra mulheres e meninas, acaba de lançar uma ferramenta gratuita para que as empresas compreendam o que precisa ser feito para identificar e resolver situações de assédio internamente contra funcionários no ambiente corporativo. A Matriz Trabalho Sem Assédio é um teste online que permite que as empresas tenham um panorama de qual estágio estão em consciência e atitudes de combate ao assédio, podendo identificar necessidades de ajuste às legislações e pontos fortes.

A iniciativa surge com a união das empresas em prol de um único propósito: combater a cultura de assédio no mercado brasileiro. Segundo a pesquisa "O Ciclo do Assédio Sexual no Ambiente de Trabalho", primeira pesquisa nacional focada no tema, realizada pela Think Eva em parceria com o LinkedIn, quase metade das mulheres entrevistadas já sofreram pelo menos um episódio de violência no trabalho. E as denúncias dobraram em 2023: apenas de janeiro a julho, dados do Ministério Público do Trabalho apontam que foram registradas 7.627 denúncias de assédio moral, frente a menos de 7800 durante todo o ano de 2022.

De acordo com Nana Lima, cofundadora da Think Eva e da ONG Think Olga, o assédio dentro das empresas não é apenas uma questão de compliance, mas também de desenvolvimento de negócio. "As empresas refletem as sociedades em que estão inseridas e muito comportamos não são mais tolerados. O assédio no ambiente de trabalho não é um problema individual e, por isso, devemos pensar em ações que integrem toda a empresa, principalmente a liderança", aponta a executiva.

Para Rafaela Frankenthal, CEO da SafeSpace, "problemas de assédio têm consequências negativas graves, porque as empresas não têm o mínimo de estrutura e capacidade de fazer a gestão internamente com segurança e eficácia. Casos de assédio vão acontecer em todos os ambientes de trabalho eventualmente, mas o que vai definir o impacto do problema é o nível de preparo da organização", ressalta.

Daniela Grelin, Diretora Executiva do Instituto Avon, destaca: "a criação desta ferramenta representa um passo significativo na construção de locais de trabalho mais seguros, justos e acolhedores, onde todos os colaboradores terão espaço para crescer e prosperar sem a preocupação, medo ou impacto de situações de assédio. É um investimento que irá garantir o bem-estar e a integridade de todos dentro das empresas".

Na ferramenta, as empresas encontrarão perguntas relacionadas às políticas contra assédio nas instituições, passando por questionamentos sobre a disponibilidade de canais de denúncias e ações afirmativas até os níveis de treinamento das lideranças e de times de compliance e RH. Ao final do preenchimento, as empresas receberão um diagnóstico com base em uma matriz exclusiva para mostrar quais estão no perfil de iniciantes, aqueles que não cumprem os requisitos mínimos da legislação, até os que já estão no patamar de inovadores, para empresas que assumem os compromissos do combate ao assédio de maneira constante e profunda.

Para conhecer a ferramenta, acesse aqui.

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