O Centro de Privacidade de Informação Eletrônica (EPIC, na sigla em inglês), órgão americano que fiscaliza a privacidade na internet, enviou carta à Comissão de Comércio Nacional (FTC) em dezembro solicitanto uma investigação sobre as mudanças realizadaspelo Facebook. Segundo o EPIC, a rede social precisa esclarecer as modificações feitas nos perfis de usuários ao ativarem o novo perfil, chamado de Linha do Tempo. A suspeita do órgão é que o site possa usá-la de forma a retomar o controle de acesso às informações dos usuários, sem seu consentimento.
Em nota enviada à imprensa internacional, o Facebook afirma que a nova estrutura dos perfis "não muda a privacidade ou o conteúdo" das páginas. Segundo a rede social, "tudo é acessível às mesmas pessoas com as mesmas permissões do passado", mas com mais facilidade de encontrar informações no histórico e mais controle das informações.
O Facebook deve abrir seu capital ainda nesta primeiro semestre e o controle de acesso é um importante passo para consolidação do negócio. Mas em razão do uso das informações dos usuários para direcionamento da publicidade on-line, principal fonte de receita da companhia, o site vem sendo questionado sobre suas práticas de privacidade dos dados de pessoas que se inscrevem na rede. Para afastar especulações, em novembro do ano passado, a rede social firmou um acordo com a FTC que estabelece controle rígido sobre suas políticas de privacidade e prevê auditorias de seus processos pelos próximos 20 anos.