TVA anuncia testes com IPTV

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Mesmo com uma legislação ainda confusa no Brasil, o mercado de IPTV está movimentando não só as operadoras de telecomunicações como também as próprias empresas de TV paga. A TVA anunciou durante a Telexpo que está fazendo um teste com IPTV para complementar sua oferta de banda larga com video on demand, ainda sem data para entrar em operação.

Segundo Leila Loria, superintendente da TVA, a empresa usará a rede IP com set-top box de parceiros já fornecedores da companhia. ?Oferecer conteúdo por rede IP é uma tendência irreversível.

O consumidor hoje tem pacotes fechados de programação, mas a tendência é a flexibilização da programação e isso será possível com a nova tecnologia?, explica.

?O Discovery Channel, por exemplo, poderia oferecer um programa exclusivo, on demand, para determinados assinantes, por meio desse formato?, exemplifica Leila. O serviço não tem data para chegar ao mercado. "Hoje, nossa prioridade é o serviço de WiMAX recentemente anunciado", explica.

Durante o painel ?Tendências Comerciais e Regulatórias da TV sobre IP no Mundo Atual?, realizado nesta quarta-feira, 8/3, na Telexpo, em São Paulo, Loria destacou que a nova regulamentação que virá com as novas tecnologias e novos serviços não pode esquecer a rede legada e os investimentos que as TVs por assinatura já fizeram em sua rede.

?A Lei do Cabo exige uma série de contrapartidas para que possamos operar que devem ser isonômicas para outros mercados?, diz. Entre elas, a obrigação de transmissão de canais de interesse público e de cobertura de rede.

Márcio Fabbris, diretor de desenvolvimento da Telefônica, destaca que o serviço de IPTV chega com a dinâmica competitiva e com a convergência e o modelo regulatório, todos devem se adequar a isso. ?Esse novo serviço agitará o mercado de TV por assinatura, que hoje conta com só um ou dois players?, afirma. Na verdade, há três operadores de DTH disponíveis em todas as cidades do Brasil, fora os operadores de cabo e MMDS em algumas centenas de localidades.

Ele destaca que a IPTV é um mercado atraente para a rede de telecomunicações, que hoje tem uma capilaridade muito grande. ?Queremos poder oferecer valor agregado em cima da nossa rede de banda larga também?, afirma.

Segundo Ricardo Miranda, presidente da Sky Brasil, muito do que a IPTV está prometendo, como a possibilidade de gravar programas e interatividade, já é oferecido pelas TVs a cabo e por satélite. ?No caso da Sky, o usuário já tem plataforma digital disponível e pode fazer compras pela TV de forma totalmente interativa. O que impede uma maior penetração do serviço é o baixo poder aquisitivo da população, pois os serviços já existem?, diz.

"Resta saber, também, quem serão os consumidores da IPTV, já que hoje os assinantes de TV por assinatura estacionaram nos 4 milhões e o crescimento está muito baixo?, avalia.

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