A base é a mesma, mas a versão internacional de "Supermax", série que a Globo prepara para o segundo semestre deve ser bem diferente da original.
O diretor da versão brasileira, José Alvarenga, e o argentino Daniel Burman, diretor da versão internacional, apresentaram os teasers das duas produções em painel nesta terça, 9 no Rio Content Market. Participaram ainda da mesa os roteiristas brasileiros Fernando Bonassi e Marçal Aquino, o argentino Mario Segadi e as atrizes Mariana Ximenes e Cléo Pires.
Em "Supermax" um grupo de oito pessoas é confinado em uma prisão abandonada para participar de um reality show, mas acabam tendo que lutar por sua sobrevivência, em meio a coisas estranhas e seres exóticos.
Na versão internacional, conta Burman, a história não se passa no meio da Amazônia, como na brasileira, e não há tantos monstros, personagens exóticos e efeitos especiais. Ele deu a entender que o drama, na versão hispânica, tem caráter mais existencial. O diretor elogiou a liberdade que teve, por parte da Globo, para fazer a adaptação.
"Não houve uma visão economicista. O normal seria pedirem que aproveitássemos todo o trabalho de roteiro, as imagens captadas e os efeitos especiais, mas pudemos priorizar a história pensando apenas no público", disse Burman.
Alvarenga conta que o projeto teve 1,5 ano de desenvolvimento, e não foi feito pensando no mercado internacional. "Fizemos aquilo que gostamos de ver. O projeto nasceu do desejo de cruzar gêneros. Começamos com o reality e juntamos terror, thriller, policial etc", diz.
Bonassi falou da vantagem de trabalhar com uma estrutura grande. "Estamos acostumados a trabalhar com cinema independente. Você pede um camelo para uma cena e o produtor pergunta se pode trocar por um cachorro com almofada nas costas. Na Globo te perguntam 'quantos camelos você quer'", brincou.