O papel estratégico do Diretor de Recursos Humanos (CHRO) na era da IA

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Em uma era que cada vez mais caminha para o digital e com o avanço da Inteligência Artificial, como fica o papel do Diretor de Recursos Humanos (CHRO, do inglês, Chief Human Resources Officer) nas empresas? Ao que se sabe, a IA vem para otimizar as tarefas que antes eram repetitivas e operacionais, aprimora análise de dados e permite tomadas de decisão mais precisas.

Além disso, os softwares mais avançados já são capazes de fazer triagens inteligentes de currículo, antecipar padrões de rotatividade (turnover) e mapear competências internas com mais agilidade, o que redefine por completo as responsabilidades estratégicas desse profissional, que agora assume uma posição de consultor de processos e planejamentos na gestão.

O valor do CHRO passa pela capacidade de interpretação de dados de forma crítica e construtiva na gestão de talentos. Ou seja, esse profissional  deixa de ser um gestor burocrático de pessoas para ter um papel central na inovação das organizações, questionando processos e garantindo a eficiência das equipes.

Com a tecnologia cada vez mais integrada aos processos de gestão, cabe ao CHRO garantir que a IA esteja sendo utilizada de maneira ética, inclusiva e alinhada aos valores da empresa, porque o uso inadequado pode gerar insegurança entre os colaboradores.

Um outro ponto importante é o desenvolvimento de lideranças, porque a IA tem impactos diretos nas habilidades exigidas a esses profissionais, e o CHRO é quem trabalha pela capacitação contínua. Os programas de reskilling (novos conhecimentos, ligados a novas funções) e upskilling (foco em especialização de conhecimentos já adquiridos) devem ser prioridade para garantir que os colaboradores acompanhem as mudanças do mercado e consigam trabalhar com as novas tecnologias.

Consequentemente, isso não apenas evita a obsolescência dos times, como também fomenta a cultura de aprendizado nas organizações. A meu ver, o futuro do profissional de CHRO não está ameaçado pela IA, muito pelo contrário, porque ele terá que desenvolver novas competências, como a alfabetização em dados, pensamento estratégico e habilidades de adaptação ágil, assumindo uma posição muito mais estratégica na gestão de pessoas dentro das empresas.

Apesar da tecnologia ser uma ferramenta aliada poderosa no dia a dia, o fator humano continuará insubstituível na gestão de pessoas. O futuro desse profissional é o de um estrategista da transformação, que usa a IA para potencializar o talento humano e não para substituíto. E você, está preparado para essa mudança?

Charles Schweitzer, CEO da Tanto.

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