Os serviços de banda larga móvel registraram elevada taxa de crescimento na América Latina no ano passado, chegando a um total de 15 milhões de conexões. O número representa aproximadamente 3% de penetração da população da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Venezuela, que, juntos, somam 434 milhões de habitantes.
Devido à rápida adoção e à limitada cobertura de DSL e cable modem em vários países, a tendência é que a banda larga móvel supere a de banda larga fixa nos próximos anos, principalmente no Brasil e na Colômbia, de acordo com estudo da Frost & Sullivan, que prevê que em 2015 a penetração de banda larga móvel chegará a quase 40% da população da região.
Embora a cobertura de banda larga móvel tenha se expandido nos últimos dois anos na América Latina, a empresa de consultoria e pesquisa ressalta que a região ainda enfrenta dificuldades relacionadas à disponibilidade e à alocação de espectro. Em relação aos serviços 3G, a Frost & Sullivan observa que, apesar de algumas operadoras móveis, oferecerem planos com velocidade de até 1 Mbps, a velocidade média ainda é lenta na região, que varia entre 128 Kbps e 256 Kbps.
O estudo da revela, ainda, que o Brasil atingiu a maior penetração de usuários de banda larga móvel na América Latina, mas ressalva que o preço do serviço no país, no entanto, é considerado um dos mais elevados dentre os países da região, principalmente devido à pesada carga tributária. Por outro lado, o Chile aparece como um dos mercados mais desenvolvidos, com a mais ampla oferta de planos e os preços mais baixos para os usuários pré-pagos.
"Os investimentos na expansão da cobertura da rede de banda larga móvel, a crescente necessidade de conectividade móvel, o crescimento do 3G em dispositivos móveis (como smartphones, tablets, e-readers etc.), bem como a falta de cobertura da rede de banda larga fixa, serão os principais impulsionadores do mercado nos próximos anos", avalia José Roberto Mavignier, gerente de indústria da Frost & Sullivan. O analista observa, porém, que a forte base de usuários pré-pagos na região, a carga tributária elevada e o atraso de medidas regulatórias para questões importantes que interferem no desenvolvimento do mercado estão entre os principais desafios para o crescimento contínuo desse setor.
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