A IBM registrou um dos melhores resultados no terceiro trimestre, apesar de o crescimento das receitas ter desacelerado a partir do período anterior. O lucro líquido da companhia totalizou US$ 2,8 bilhões – ou um ganho de US$ 2,05 por ação –, o que representou um aumento de cerca de 20% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado,
O crescimento da receita no período, no entanto, foi de apenas 5%, totalizando US$ 25, 3 bilhões, embora parte desse aumento tenha sido decorrente das flutuações cambiais. Excluindo a variação das moedas, o crescimento da receita ficaria em 2%.
Nos últimos dias, alguns analistas de Wall Street haviam reduzido as estimativas de ganhos da IBM para o trimestre e no restante do ano, em decorrência da rápida deterioração da economia mundial e seu provável impacto sobre as vendas de hardware, software e serviços da companhia.
As ações da empresa caíram quase 18% na semana passada, e fecharam em US$ 90,55 na quarta-feira, 8, um recuo de mais de 5%. Depois que anunciou os resultados trimestrais, as ações subiram mais de 5%, ou US$ 5,35, para US$ 95,90.
Diante dos resultados, a IBM reafirmou sua estimativa anterior de lucro para o ano, apesar das perspectivas econômicas nada promissoras nos Estados Unidos e em outros países. Ela disse que espera um ganho por ação no ano de US$ 8,75, o que, se confirmado, representará um aumento de 22% na comparação com 2007.
No informe de resultados, a IBM enfatizou o equilíbrio de sua situação, com grande fluxo de caixa de suas operações e a existência de US$ 9,8 bilhões em tesouraria. Isso é corroborado pelos analistas, que notam que a empresa estava bem posicionada para resistir a oscilações cíclicas da economia, que vêm afetando fortemente outras empresas.
Hoje, notam os analistas, a maioria dos negócios da IBM está fora dos Estados Unidos, e ela tem obtido sucesso particularmente no fechamento de contratos com empresas e órgãos governamentais em mercados como da Índia e da China.
"Continuamos confiantes no nosso cenário para o ano", disse Samuel Palmisano, CEO da IBM, ao jornal americano New York Times, acrescentando que a empresa tem um forte portfólio de produtos e serviços, além de ter vir investindo pesadamente nos mercados emergentes, o que dá uma boa vantagem competitiva para a companhia "enfrentar esses tempos difíceis".