A Amazon anunciou uma nova plataforma de Internet das Coisas, batizada de AWS IoT, que, segundo a empresa, vai tornar mais fácil conectar dispositivos — carros, turbinas, rede de sensores, lâmpadas e outros — aos serviços da Amazon Web Services (AWS), divisão de serviços na nuvem e servidores, para que as companhias possam vender, processar, analisar e tomar decisões com base no volume de dados gerados por esses equipamentos.
O lançamento foi feito na sua conferência anual AWS, realizada esta semana em Las Vegas, nos Estados Unidos. "Tudo o que costumava ser hardware é agora software", disse o diretor de tecnologia (CTO) da Amazon, Werner Vogels, na conferência. Como exemplos de dispositivos conectados à internet que a Amazon pode oferecer serviços de internet das coisas, ele cita sensores, ventiladores, aparelhos de ar-condicionado e outros dispositivos.
A Amazon vai cobrar uma taxa de US$ 5 a US$ 8 para cada milhão de mensagens enviadas para dispositivos usando o novo serviço. O anúncio vem na esteira do lançamento de serviços semelhantes por rivais como a Microsoft.
Segundo a empresa, serviço permite que desenvolvedores conectem dispositivos à internet para se comunicar com outros dispositivos, bem como aplicativos armazenados em servidores remotos. Isso significa que dispositivos como alarmes de fumaça ou ar-condicionado podem se comunicar uns com os outros, armazenamento de dados ou receber comandos a partir de computadores, sem intervenção humana.
A Amazon tem investido pesadamente em seu projeto de casa conectada, que tem como base o assistente pessoal de voz Alexa — que concorre com o Siri, da Apple —, o qual incorpora recursos que possibilitam obedecer a comandos de voz para sistemas de automação residencial. O equipamento, introduzido no mercado em novembro do ano passado como Amazon Echo, responde a perguntas e toca música. Ele também entende comandos para ligar e desligar luzes, controlar ventiladores, operar aparelhos de ar-condicionado e outros equipamentos compatíveis com o sistema.
"A promessa da internet das coisas é tornar produtos do dia a dia mais inteligentes para os consumidores, e oferecer a empresas dados de maneira que não era possível antes. As maiores empresas do mundo como Philips, NASA, JPL e Sonos já usam os serviços da AWS para apoiar o backend de suas aplicações IoT", diz Marco Argenti, vice-presidente de dispositivos móveis e IoT da AWS, em comunicado.
O novo serviço também será usado pela Amazon com o ponto central para atender as necessidades de computação em nuvem das empresas. AWS vem crescendo rapidamente e está a caminho de superar os US$ 7 bilhões em vendas este ano.