A Nokia quer expandir presença na América Latina, principalmente no Brasil e no México, e para isso vai ser agressiva nesses mercados nos segmentos de aparelhos celulares médios e sofisticados.
Na região, a companhia cresceu 37% no terceiro trimestre de 2005 enquanto mundialmente registrou crescimento de 29% em volume de vendas. A empresa atingiu a marca de 66,6 milhões de celulares vendidos neste período com 33% de participação no mercado.
A meta, segundo o presidente e diretor operacional da companhia, Olli-Pekka Kallasvuo, durante uma videoconferência realizada nesta terça, 8/11, é chegar a 40% do mercado global em 2006.
A empresa aposta em mercados sofisticados para seus smartphones, com o lançamento de sete novos modelos no primeiro trimestre de 2006. A previsão de vendas da Nokia de celulares com câmera é de 100 milhões de unidades até o final do ano que vem.
Segundo Fernando Terni, presidente executivo da Nokia Brasil e Nokia Networks para a América Latina, a telefonia tem 44% de penetração no Brasil e muito espaço para crescer tanto no tempo de uso dos aparelhos quanto na ampliação da capacidade das redes sem a necessidade de aumento de cobertura.
A empresa quer ampliar participação no País no segmento de aparelhos mais populares e sofisticados. Na América Latina, de 40% a 50% da demanda vem de aparelhos da categoria popular (até US$ 60). Kallasvuo destaca, no entanto, que os mais vendidos no México e no Brasil são do segmento médio e sofisticado.
Sobre o litígio judicial com a Qualcomm, Kallasvuo destaca que a discussão é comum na indústria de patentes e não quer maximizar a importância desse episódio em especial. Nesse caso, no entanto, a empresa foi surpreendida, antes de negociarem a questão com a Qualcomm. "Agora vamos esperar o processo judicial para ver como vai ser resolvido", diz Kallasvuo.