As políticas do governo brasileiro em prestigiar empresas de tecnologia da informação e comunicação (TIC) instaladas em território nacional com incentivos fiscais e compras públicas “reforçam o protecionismo em nível global”, avaliou Zoran Stancic, diretor-geral adjunto da Sociedade da Informação e Mídia do bloco europeu, um dos negociadores da cooperação entre Brasil e União Europeia (UE) para desenvolvimento do setor.
Segundo o diretor, ele não está no Brasil para “pregar abordagens”. “Isso é decisão do governo brasileiro”, defendeu. Stancic, no entanto, salientou que há intenção de “apoiar o engajamento da UE no Brasil e ver como o marco regulatório pode ajudar”. De acordo com ele, é grande o interesse da indústria tecnológica no Brasil – apenas uma grande companhia, que ele não quis dizer o nome, prevê investimentos de 14 bilhões de euros nos próximos cinco anos.
O secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), Virgílio de Almeida, que participa das discussões com a UE, defendeu a política para a indústria de tecnologia, informação e comunicação. “A política é boa para o Brasil, mas também é boa para os parceiros”, afirmou. Segundo ele, a intenção do governo é garantir desenvolvimento tecnológico e gerar empregos. “A nacionalização vai ser perseguida”, assinalou. As informações são da Agência Brasil.