76% dos profissionais no Brasil já usam a GenAI no local de trabalho, aponta pesquisa

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Em um cenário de evolução constante do mercado de trabalho e da tecnologia, entender as tendências é essencial. A nova pesquisa do Grupo Adecco, líder global em Recursos Humanos, aponta que 76% dos profissionais no Brasil usam a inteligência artificial generativa (GenAI) no local de trabalho. Já mundialmente, o número é de 70%. O estudo feito com mais de 30 mil profissionais, em 23 países, discute dados e insights que estão reformulando o RH no mundo.

De acordo com a pesquisa, embora muitos profissionais em todo mundo já estejam utilizando GenAI no local de trabalho, menos da metade recebe qualquer forma de orientação dos contratantes. Isso cria desigualdades no acesso à GenAI, com 76% dos entrevistados com diploma universitário usando a GenAI, em comparação com apenas 51% dos que concluíram o ensino secundário.

A pesquisa ainda mostra que 62% deles têm uma visão positiva da inteligência artificial (IA), o que impulsiona uma adoção generalizada. E um dado que chama a atenção — apenas 7% acreditam que a implantação da GenAI pode fazer com que perdessem seus empregos.

Habilidades

Outro insight valioso do estudo, trata-se das habilidades dos profissionais. Conforme a pesquisa, 61% acreditam que as habilidades humanas, como inteligência emocional, empatia e habilidades interpessoais, continuarão a ter mais influência no ambiente de trabalho do que a GenAI. Cultivar essas habilidades humanas formação, desenvolvimento de liderança e treinamento.

Segundo a Adecco, houve um aumento de 10 pontos percentuais nos profissionais que pretendem permanecer com seu emprego atual nos próximos 12 meses, saltando de 61% em 2022 para 73% em 2023. No entanto, a maioria (31%) planeja permanecer apenas se tiver acesso a treinamento e oportunidades de progresso na carreira.

No Brasil, o número de profissionais com a intenção de pedir demissão dos seus empregos atuais pelos próximos 12 meses diminuiu, de 28% para 23%, em comparação com o ano passado. Além disso, 64% dos entrevistados brasileiros acreditam que recebem um salário justo.

Já mundialmente, 56% dos entrevistados acreditam que suas habilidades são transferíveis para outras funções ou setores, e a grande maioria (62%) relata que pretende assumir mais controle de seu desenvolvimento de habilidades.

Profissionais de tecnologia (67%) e serviços financeiros (62%) estão mais confiantes de que suas habilidades podem ser transferidas, em comparação com aqueles em setores como automotivo (49%) e defesa (43%), que têm menos confiança.

Burnout

No Brasil, 72% dos entrevistados relataram já ter sofrido burnout. Mundialmente, 65% dos entrevistados relataram que já tiveram a doença. Os gestores foram os que mais relataram esse tipo de problema, com 68% deles enfrentando essa situação, agravada por demissões em massa. Já 44% relataram que assumiram mais responsabilidades após demissões. Além disso, 68% não se sentem apoiados para tirar férias integrais, o que prejudica a doença.

De acordo com André Vicente, CEO da Adecco Brasil, o relatório deste ano descobriu lacunas significativas sobre AI, as tendências atuais e o foco no talento e formação. "Em um mundo disruptivo, o talento continua sendo uma verdadeira vantagem competitiva; as empresas que se concentram em suas pessoas têm mais probabilidade de garantir o sucesso de suas organizações", afirma.

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