O cenário da gestão de TI está em constante transformação: novas soluções, funcionalidades e tecnologias vão sendo desenvolvidas e adaptadas às necessidades de cada nicho do mercado, entregando mais agilidade, inteligência, segurança e reduzindo custos. Todas essas mudanças significam mais vantagem competitiva, mas, ao mesmo tempo, certamente resultam em grandes desafios já que, afinal, a integração de novas tecnologias obriga a uma mudança na forma de gestão e exige novas expertises.
Com a colaboração de parceiros, as equipes de TI podem embarcar com segurança nessa jornada digital a partir do momento que entenderem que tecnologias como nuvem, edge computing e Internet das Coisas, entre outras, apesar de serem classificadas como "tendências", são obrigatórias para a sobrevivência dos negócios. E quem vai chegar na frente? As empresas que conseguirem planejar essa jornada identificando os requisitos com base em seus objetivos de negócios, avaliando a melhor a forma de implementação e o impacto de cada uma na cultura organizacional.
O futuro é agora
Especialistas indicam quais são as principais tendências que vão transformar a gestão da TI em 2019 e que devem estar no radar dos líderes de TI:
IoT – A Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) está no centro da transformação digital gerando, a partir de insights oferecidos pela análise dos dados coletados em toda a cadeia produtiva, em todos os setores da economia, novos modelos de negócio. Até 2020, o número de dispositivos conectados deve ultrapassar 25 bilhões e, nos próximos cinco anos, o volume de tráfego IP deve alcançar 4,7 zettabytes, número equivalente a todo o tráfego que passou pela Internet desde que surgiu, em 1984.
O desafio é que, segundo uma pesquisa global do IDC, apenas 37% das organizações estão preparadas para lidar com uma integração rápida desses dispositivos, transformando dados em inteligência. E o cenário no Brasil não deve ser muito diferente, se não for pior. Outro grande obstáculo para os gestores de TI está na necessidade de implantação de uma estrutura de governança que garanta a conformidade e segurança na criação, armazenamento, uso e descarte das informações geradas pelos dispositivos conectados.
Nuvem – E para onde vão esses dados? A migração de sistemas para a nuvem está cada vez mais descomplicada e, com isso, as empresas estão avaliando os benefícios em relação a custos e agilidade. O Brasil vem avançando rapidamente em segurança e infraestrutura de nuvem, de acordo com um estudo da BSA – The Software Alliance, que também aponta uma redução dos custos de TI de cerca de 21% nas empresas que adotam a nuvem, em comparação às que continuam a operar grandes data centers e que hospedam a maioria de seus aplicativos localmente.
Mas essa "nuvem" pode se transformar um uma cumulus nimbus (nuvem que provoca tempestades) caso os gestores de TI não estejam atentos a cinco pontos no momento de buscar um parceiro e avaliar a melhor estratégia de migração: segurança; disponibilidade; escalabilidade e desempenho, preocupações regulatórias e legais e SLAs (Service Level Agreements – Acordos de Nível de Serviço).
Edge computing – Mas nem toda informação precisa ser processada na nuvem. Com a implantação de soluções de edge computing – considerada pelo Gartner como uma das 10 principais tendências tecnológicas que afetam as áreas de infraestrutura e de operações – os dados são processados próximo da origem, ou até mesmo na origem. Assim, é possível ter respostas mais rápidas e reduzir o custo com a infraestrutura de data center e de nuvem e também de conectividade, enviando apenas as informações importantes em vez de todo o fluxo de dados dos sensores
A mão de obra digital – Para aproveitar todos os benefícios gerados pela transformação digital não é necessário apenas contar com as mais inovadoras tecnologias – é preciso contar com pessoas com a expertise necessária para implantar e extrair o melhor de cada solução. Novas funções exigem novas competências e aí está o grande problema para os líderes de TI: encontrar essa mão de obra qualificada.
Um estudo da Thomson Reuters realizado no Brasil com profissionais de TI em posições de liderança e especialistas para mapear o que eles esperam e o que os preocupa na adoção das novas tecnologias dentro do ambiente corporativo apontou que apenas 17% acreditam que seus profissionais estão prontos para utilizá-las. Como resolver esse problema?
A solução está em parcerias com fornecedores que agreguem conhecimento e novas capacidades. Esses parceiros estão dedicados a oferecer soluções eficientes, melhorando a cadeia produtiva, agregando novas experiências e promovendo novos insights para o negócio, garantindo maior TCO (Total Cost of Ownership) e ROI (Return on Investment).
Eduardo Borba, presidente da Softline Brasil.