Segunda década da computação em nuvem exige nova estratégia das empresas

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O Gartner, Inc aponta que apesar de ter sido vista como uma plataforma experimental quando surgiu, a computação em Nuvem é considerada atualmente parte crucial da Tecnologia da Informação. Dez anos após o início do uso dessa tecnologia, as empresas devem pensar em ampliar cada vez mais seus investimentos em Cloud.

Em sua primeira década, a computação em Nuvem gerou uma disruptura no ambiente de TI e, olhando para a segunda, essa tecnologia está amadurecendo e se tornando cada vez mais presente nos processos de transformação. Nos últimos dez anos, ela mudou as expectativas e competências do departamento de TI e agora é um catalisador necessário para o desenvolvimento em toda a empresa. Na medida em que a tecnologia se desenvolve, as objeções à Nuvem diminuem, embora mitos e termos tecnológicos confusos ainda persistam.

"Ao entrar em sua segunda década, a computação em Nuvem se torna cada vez mais uma ferramenta para as empresas digitais da próxima geração e para soluções mais ágeis, escaláveis e flexíveis. Os CIOs e outros líderes de TI precisam adaptar suas estratégias continuamente para aproveitar todos os recursos que a Nuvem pode oferecer", explica David Mitchell Smith, vice-presidente e fellow do Gartner.

Para Smith, não é tarde para começar a planejar um futuro completamente baseado em Nuvem. Segundo pesquisa do Gartner, até 2020, qualquer estratégia para novas iniciativas de TI que não seja baseada apenas em Cloud demandará justificativa em mais de 30% das grandes organizações. Durante a década passada, a computação em Nuvem amadureceu em vários aspectos. Atualmente, a maioria das análises de segurança indica que essa tecnologia em Cloud tradicional é mais segura do que a TI in loco. Além disso, os serviços em Nuvem frequentemente são mais completos em termos de funcionalidades e os fornecedores desse segmento já oferecem opções para migração.

Outro dado importante é que a inovação está mudando rapidamente para Cloud, com muitos vendedores adotando uma abordagem focada em Nuvem para design de produtos e com algumas inovações tecnológicas e de negócios disponíveis apenas como serviço em Cloud. Isso inclui novidades em Internet das Coisas e inteligência artificial.

Com a pressão cada vez maior para a migração para os serviços em Nuvem, mais empresas estão criando planos que refletem a necessidade de alteração na estratégia. Nessas organizações, projetos que propõem recursos internos são considerados conservadores, uma vez que a agilidade reduzida e as opções de inovação diminuem a velocidade de competitividade. Com isso, as companhias começarão a pressionar os departamentos de TI para adotar a computação em Nuvem.

É preciso lembrar que nem todos os projetos podem utilizar serviços em Nuvem por questões regulamentares, de segurança ou até pelo valor investido nas iniciativas. Além disso, algumas empresas não contam com o talento ou com as habilidades necessárias para essa implementação.

Até 2021, mais da metade das organizações globais que já utilizam a Nuvem hoje terão adotado estratégias totalmente em Cloud. Para isso, não basta simplesmente levar todo o conteúdo do Data Center para a Nuvem. É preciso avaliar quais aplicações dentro do Data Center podem ser substituídas por SaaS (Software como Serviço), remodeladas ou recriadas. Entretanto, uma estratégia de mudança total terá um impacto maior em TI se comparada a um plano Cloud-first ou Cloud-only.

Em geral, as empresas que mudaram tudo para a Nuvem não voltaram para os Data Centers tradicionais in loco, e mesmo grandes companhias adotaram uma infraestrutura em Cloud terceirizada. As organizações devem começar a planejar sua estratégia em Nuvem e garantir que a transição aconteça apenas quando realmente for necessária, como quando for parte de uma iniciativa de consolidação de Data Center.

Os temas desse estudo serão discutidos durante a Conferência Infraestrutura, Operações de TI e Data Center 2017, que acontecerá nos dias 25 e 26 de abril, em São Paulo.

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