A Zynga está pagando caro para manter a segurança do CEO, Mark Pincus. No ano passado, a empresa de jogos sociais desembolsou US$ 1,37 milhão apenas para a proteção da família do executivo, logo após o anúncio da abertura de capital. Em 2010, de acordo com o The Wall Street Journal, o valor gasto na segurança pessoal de Pincus foi bem menor, de US$ 69,68 mil. Apesar da despesa elevada essa é uma prática comum em companhias de todos os portes nos Estados Unidos. Mesmo assim, os analistas consideram as cifras para segurança do executivo da Zynga extremamente altas, principalmente por ser uma empresa com apenas dois anos de atividades e valor de mercado de US$ 8 bilhões.
Segundo documentos apresentados pela empresa à Security Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, o valor foi elevado devido à "compra, instalação e manutenção de sistemas domésticos". A Zynga disse também que US$ 596 mil foram para o pagamento de "uma companhia que pertence a Pincus, para facilitar sua segurança". A Zynga não dá detalhes sobre a operação e justifica os gastos em razão de "ameaças" recebidas pelo executivo. Dentre elas, está uma ação na Justiça contra uma mulher que teria violado uma ordem de restrição, após ameaçar a família por telefone e e-mail.
O investimento em segurança foi maior que o bônus pago ao executivo no ano passado. Pincus recebe salário de US$ 300 mil e um benefício de US$ 3,75 mil. Além disso, tem 13% de participação acionária na Zynga, o que lhe confere 36% de poder de voto nas decisões internas.
De acordo com a consultoria Hay Group, ouvida pelo jornal americano, empresas de grande porte costumam desembolsar cerca de US$ 250 mil na segurança de seus altos executivos. Isso coloca a Zynga na terceira posição entre as que mais gastam com esse tipo de operação, atrás apenas da Lockheed Martin, especializada em segurança, e da Oracle.