O lucro da Portugal Telecom caiu 16,3% no primeiro trimestre do ano frente ao mesmo período de 2006, para 176,6 milhões de euros (R$ 481,5 milhões). O resultado, contudo, foi melhor que o esperado pelos analistas, que previam um recuo médio de 31,2%, para R$ 395,2 milhões.
Em comunicado divulgado por meio da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a operadora explica que "os gastos com o programa de redução de pessoal totalizaram 53 milhões de euros (R$ 144,4 milhões) de janeiro a março". No mesmo período do ano passado, acrescenta a nota, o custo havia sido de 1 milhão de euros (R$ 2,7 milhões) ?? nos três primeiros meses do ano foram dispensados 151 trabalhadores.
A Portugal Telecom explica, também, que o imposto sobre rendimentos totalizou 76 milhões de euros (R$ 207,2 milhões) no período, frente a 35 milhões de euros (R$ 95,4 milhões) de janeiro a março do ano passado.
O aumento registrado nessa área resultou essencialmente do reconhecimento de um crédito fiscal de 53 milhões de euros (R$ 144,5 milhões) no primeiro trimestre de 2006, como resultado da liquidação de uma holding, diz o comunicado. Ajustada neste crédito fiscal, a taxa efetiva de imposto diminuiu de 37% no primeiro trimestre de 2006 para 30% no mesmo período de 2007, principalmente como resultado da redução da taxa nominal de imposto em Portugal de 27,5% para 26,5% e do decréscimo do prejuízo líquido na Brasilcel, joint venture detida em partes iguais entre a PT e a Telefônica.
O lucro operacional da Portugal Telecom subiu 2,5%, para 1,4 bilhão de euros (R$ 3,8 bilhões), impulsionado pelo crescimento da Vivo e da TMN, enquanto o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) cresceu 5,1%, para 570,6 milhões de euros (R$ 1,5 bilhão). As receitas da Vivo subiram 4,4%, para 546,5 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão), enquanto as da TMN, operadora móvel da PT com atuação em Portugal, cresceram 1,9%, para 363,3 milhões de euros (R$ 990,8 milhões).
Os custos operacionais da Portugal Telecom aumentaram 0,8%, para 889,9 milhões de euros (R$ 2,4 bilhões). A dívida líquida do grupo caiu 0,9%, para 3,6 bilhões de euros (R$ 9,8 milhões).
A PT afirmou também nesta quinta-feira (10/5) que a PT Multimedia, depois de decidida a separação da empresa (spin-off) da matriz em assembléia geral, foi considerada como uma operação descontinuada já neste balanço trimestral, de acordo com as normas internacionais de contabilidade financeira.