A falta de entendimento do que é computação em nuvem ainda é um problema no cenário brasileiro, capaz de atrapalhar o crescimento da tecnologia no país. Segundo o diretor da Terremark no Brasil, Hugo Zanon Junior, algumas companhias acabam se beneficiando do desconhecimento dos CIOs para a venda de serviços incompletos na modalidade.
“Uma das características essenciais da nuvem é a escalabilidade. Isso significa que ela se adapta rapidamente às necessidades de expansão e modificações na capacidade do cliente”, explica o executivo. Ele completa que, ao implantar algum modelo de computação em nuvem, o crescimento deve ser granular e imediato. Ele cita exemplos de clientes que tiveram a necessidade de expandir momentaneamente a infraestrutura da nuvem por um breve período de tempo, para campanhas de marketing ou ações isoladas, por exemplo, e depois voltaram com a contratação do serviço em menor quantidade. “É como uma conta de água. O que você precisa está ali, pronto, basta abrir a torneira e usar. No fim, você paga a conta proporcional ao que foi utilizado”, compara.
Ele critica algumas fornecedoras de virtualização, uma das possibilidades da computação em nuvem. De acordo com o executivo, algumas empresas virtualizam máquinas e oferecem pacotes em blocos de serviço. Como nessa maneira o crescimento da infraestrutura contratada não é temporário, tampouco pago de acordo com o uso, ele considera uma falsa ideia da flexibilidade da nuvem como TI aliada à redução de custos.
A companhia, braço na área de TI e de segurança da informação de operadora de telefonia americana Verizon Communications, investiu US$ 50 milhões no Brasil de olho no crescimento da adoção da nuvem no país. O montante foi utilizado para ampliar seu data center e o Network Access Point (NAP, ou ponto de acesso de rede), localizados em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.
Como diferencial na atuação brasileira, a empresa aposta no atendimento a grandes projetos internacionais, como a provisão do serviço ao governo federal dos Estados Unidos. De acordo com a companhia, o site hospedado com as tecnologias da Terremark permite o acesso a diferentes modalidades de serviços públicos e, com arquitetura baseada na nuvem, gerou uma economia anual de US$ 1,7 milhões.
