O gigante chinês do comércio eletrônico Alibaba anunciou nesta segunda-feira, 10, que firmou acordo para adquirir 20% de participação na varejista de eletrônicos Suning Commerce Group, por pouco mais de 28 bilhões de yuans (o correspondente a US$ 4,63 bilhões). Em contrapartida, a Suning irá comprar até 14 bilhões de yuans (US$ 2,31 bilhões) em ações do gigante chinês do comércio eletrônico recém-emitidas, o que lhe dará uma participação de 1,1% na empresa.
Para analistas, o acordo vai permitir que a rede de eletrônicos chinesa, que hoje opera praticamente apenas com lojas físicas, ingresse de forma mais consistente no comércio eletrônico, enquanto o Alibaba será beneficiado por uma maior capilaridade logística, já que uma das principais complicações para o e-commerce na China é chegar aos moradores de aldeias remotas.
Conforme os termos do acordo, a Suning abrirá uma flagship store (loja conceito) para venda de eletrônicos de consumo, eletrodomésticos e produtos para bebês baseada na plataforma Tmall.com do Alibaba, enquanto a rede logística que a empresa possui em todo o país, com dezenas de centros de distribuição e mais de 1,7 mil estações de entrega, irá se juntar à rede Cainiao, do Alibaba, formada por parceiros da companhia.
"Nós acreditamos que trabalhar com a rede logística da Suning nos dará uma cobertura mais ampla para atender os consumidores chineses e um melhor serviço de logística", disse Daniel Zhang, CEO do Alibaba, durante coletiva de imprensa. A adição dos serviços de logística da Suning significa que os consumidores poderão receber seus pedidos em toda a china num prazo máximo de duas horas, informaram as empresas.
Elas também vão procurar maneiras de combinar mais de 1,6 mil lojas físicas da Suning com os serviços do Alibaba e suas afiliadas, possibilitando aos consumidores a realização de pedidos e pagamentos por meio de aplicativos móveis. Milhares de centros de serviços de pós-venda da Suning, espalhados por todo o país, também fornecerão serviços de reparo e manutenção. Com informações de agências de notícias internacionais.