A Kodak anunciou a demissão de mais mil empregados até o fim do ano, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, 10, pela empresa de fotografia. Os cortes vão além dos 2,7 mil funcionários já dispensados neste ano, na tentativa de evitar a falência após o pedido de concordata protocolado da Corte de Falências de Nova York em janeiro.
A Kodak espera economizar US$ 330 milhões no ano, segundo documento protocolado na corte nesta segunda-feira. Ao todo foram mantidos 13,4 mil trabalhadores na companhia, que no seu auge empregava mais de 150 mil funcionários. “Reconhecemos que precisamos reduzir significativamente o custo de nossa estrutura atual, que era designada para um negócio mais amplo e diversificado”, justificou o CEO da Kodak, Antonio Perez, em comunicado. Ele também comunicou a saída de dois executivos, o copresidente, Philip Faraci, e a diretora financeira (CFO) da companhia, Antoinette McCorvey.
Após a venda das unidades de impressão e digitalização de documentos, a Kodak espera manter a companhia com três divisões. O segmento de impressão digital e corporativa incluirá impressoras de alto volume e outros equipamentos relacionados, enquanto a área de gráficos, entretenimento e filmes comerciais trabalhará no fornecimento a grandes estúdios e clientes da área cinematográfica. Por fim, o negócio de equipamentos de captura incluirá câmeras digitais, portáteis e digitais, com foco no varejo.
Outra estratégia para recuperação da séria crise de liquidez que enfrenta é a venda de patentes de fotografia digital, que está no centro de uma briga judicial com a Apple. A fabricante do iPhone alega ser a proprietária de alguns dos mais valiosos registros e chegou a apelar à Justiça americana após uma vitória parcial da rival. As patentes estão em processo de leilão para levantar capital.