Big Data: a cultura organizacional e as oportunidades nos tempos da colaboração extrema

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O grande volume de informações digitais com o qual estamos lidando foi apelidado de Era da Informação Extrema. Estatísticas da consultoria Gartner dão conta de que a quantidade global de dados digitais deve saltar do atual 1,8 zettabyte para 7,9 zettabytes até 2015 – o que equivale a quase 500 bilhões de tablets gerando e compartilhando informações. Esse grande fluxo de dados é um desafio no ambiente empresarial. Será que as empresas brasileiras estão preparadas para lidar com isso?

A Big Data, conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados massivos e não estruturados – aqueles que vêm desordenadamente e em grande quantidade via redes sociais e Internet das coisas, por exemplo – surgiu dessa busca por ordenar, processar e tirar o melhor proveito das informações.

Particularmente, prefiro chamar de Era da Colaboração Extrema, pois essa grande quantidade de informações, se bem administrada, pode ser muito benéfica aos negócios. Imagine uma empresa que consegue mapear os interesses de seus colaboradores nas redes sociais e, a partir das informações obtidas, começa a fazer ações de Endomarketing que promovam mais satisfação à equipe. Ou melhor: uma empresa que crie um ambiente de troca mútua de informações entre todos os departamentos, criando um banco de ideias e de soluções para os desafios de seu dia a dia. Pense numa marca que consegue mapear o comportamento de seu público-alvo, entendendo o que ele busca na Web, o que o motiva a consumir, qual o melhor momento para oferecer seus produtos e serviços. Isso não pouparia um monte de dinheiro em comunicação e marketing, já que as ações seriam mais dirigidas e eficazes?

Em contrapartida, o que também está em jogo é a capacidade analítica das empresas. Penso que, antes de adquirir um software de Business Intelligence (BI), por exemplo, é necessária uma mudança na cultura organizacional. A capacidade de análise dos profissionais é fundamental na hora de conseguir uma boa performance das soluções, pois de nada adianta mapear os dados, se não houver processos bem definidos e se a empresa não sabe o que pretende fazer com as informações. A liderança precisa saber o que "perguntar" ao software, para que, a partir das respostas, possa tomar a melhor decisão. Nesse cenário, o planejamento na construção dos modelos e o conhecimento das fontes de dados são essenciais para o sucesso do projeto.

Além disso, o sentimento de colaboração deve envolver todos os departamentos, uma vez que é preciso que todos compartilhem as informações e estejam disponíveis para ajudar na análise dos dados e contribuir para as decisões que serão tomadas.

Hevertom Fischer, gerente dos produtos BI, Workflow, Portal Corporativo e Mobilidade na desenvolvedora de software Senior.

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