Os Estados Unidos foram o destino de 81% das exportações de produtos e serviços nacionais de tecnologia da informação (TI) em 2011. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 10, pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), com base em uma pesquisa encomendada à IDC.
De acordo com o levantamento, a exportação de produtos e serviços de TI feita pelas empreas brasileiras totalizou US$ 2,65 bilhões em 2011, o que corresponde a um crescimento de 11% em relação ao ano anterior. Apesar do crescimento, o estudo aponta que o mercado externo representa apenas 2,3% da receita total do setor, que foi de US$ 112 bilhões. Para este ano, a estimativa é que as exportações do setor atinjam US$ 20 bilhões.
O segmento de serviços de TI foi o que registrou o maior volume de vendas externas no ano passado, segundo a IDC, contabilizando US$ 1,5 bilhão, sendo que os principais serviços exportados pelo Brasil foram o de desenvolvimento e manutenção de software e integração de sistemas, que, juntos, responderam por 76% do total. Em seguida, aparecem as áreas de software e serviços relacionados, com US$ 492 milhões, e de operações internacionais, que registrou US$ 340 milhões em vendas externas. Por último, a área de hardware, com um total de US$ 217 milhões de exportações.
O estudo analisou as exportações de TI em quatro níveis: tipo de operação, verticais, região demandante e tipo de serviço. A segmentação por tipo de operação revela que as empresas nacionais responderam por apenas 10% dos serviços exportados no mundo em 2011. Já a segmentação por vertical mostra que os setores de TI, manufatura e finanças são os maiores compradores de serviços outsourcing offshore do Brasil, respondendo por 67% da demanda.
“Nós ainda podemos intensificar nossas exportações para a Europa, América Latina e Oriente Médio, com soluções segmentadas em áreas de excelência, como petróleo e gás, serviços financeiros e agricultura”, afirma Antonio Gil, presidente da Brasscom.