País eleva produção científica, mas não a reverte em lucro

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O Brasil elevou significativamente os gastos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas ainda não consegue transformar esse ganho em resultados concretos. Entre 2002 e 2008, os investimentos em P&D passaram de R$ 25,5 bilhões para R$ 32,8 bilhões, o que representa um aumento de 28,2% no período. Como resultado, a produção científica brasileira saltou para a décima terceira posição no ranking mundial de artigos científicos, de acordo com um novo relatório da Unesco, que é divulgado de cinco em cinco anos.
O documento mostra que o Brasil encerrou 2008 com um total de 26,5 mil artigos científicos publicados, mais que o dobro dos 12,5 mil de 2002. Com isso, o país obteve participação 2,7% sobre o total de artigos científicos publicados no mundo, um ponto percentual acima do 1,7% de 2002.
Apesar do bom desempenho apresentado no período, o Brasil ainda resvala numa série de dificuldades na hora de tirar a pesquisa da universidade e levá-la às empresas, diz o relatório. Três quartos dos cientistas do país estão nas universidades, quase sempre públicas – nos EUA, quase 80% deles trabalham na iniciativa privada.
Outro problema apontado pelo estudo é que o país não consegue traduzir esse cenário científico positivo em ganho tangível. Um sinal disso é que o número de patentes de invenção tecnológica concedidas pelo USPTO (United States Patents and Trademark Office) subiu apenas de 98 para 103, entre 2002 e 2008. A título de comparação, as patentes originadas na Índia subiram de 131 para 679 no período.

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