Não existe mercado que mude mais rápido que o de Tecnologia da Informação. Nós, líderes do setor, vivemos ansiosos tentando antecipar os próximos movimentos e inovações, a fim de otimizar processos e manter equipes atualizadas. A desenfreada evolução tecnológica torna os ciclos de produtos cada vez mais curtos e, consequentemente, retroalimenta a necessidade de atualizações de softwares e hardwares. A integração de sistemas ligados a novas tecnologias aumenta, ainda mais, a complexidade do setor.
Vendo pelo lado positivo, o avanço tecnológico permite a criação de soluções mais eficazes, aumento de produtividade e melhoria da experiência do cliente. Por outro lado, exige investimentos constantes em treinamento e infraestrutura, aumenta o risco de obsolescência e traz desafios de segurança. Usualmente, isso cria barreiras para a entrada de novos players no mercado, já que empresas com menos recursos financeiros podem não conseguir acompanhar o ritmo, abrindo margem para monopólios de tecnologia.
Nesse cenário, empresas de TI precisam se reinventar para conquistar um lugar ao sol. Os principais diferenciais competitivos envolvem o investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento, produtos e serviços com alto padrão de segurança, e verticalização para atender às necessidades únicas de setores específicos. Essas estratégias podem ser fundamentais para a reputação e sobrevivência da empresa nesse novo mundo.
Outro desafio crítico é a escassez de mão de obra em TI no Brasil, associado ao difícil acesso a instituições de alto nível e baixa proficiência dos brasileiros em inglês. Sem falar da competição global por profissionais qualificados, impulsionada pelo boom do trabalho remoto durante a pandemia.
Mais do que desafios e oportunidades, algumas tendências são claras e devem estar no radar dos gestores: a Inteligência Artificial iniciou a nova "corrida do ouro". Ainda não sabemos ao certo como a IA será inserida no meio corporativo, mas aprenderemos diariamente sobre e com ela. Empresas como a keeggo já contam com um time de pesquisadores para discutir como a nova tecnologia deve afetar negócios a curto, médio e longo prazo.
Tudo isso sem deixar de lado o ESG na gestão, fundamental para atender demandas crescentes por responsabilidade social, ambiental e de governança. Agendas como data center verdes, IoT ambiental e LGPD permanecerão nas mesas. Considerar critérios ESG ao escolher fornecedores de tecnologia, investir em ações e startups de impacto positivo, torna-se mandatório.
Em síntese, à medida que o setor avança, surgem novos desafios e oportunidades. Para enfrentá-los, líderes de TI desempenham papel estratégico e têm cada vez mais responsabilidades nas mãos, que vão desde a gestão de capital humano à adaptação a novas tecnologias, regulamentações e pautas sociais.
Vitor Roma, CEO da keeggo.