O ano de 2008 foi de comemorações para a Claro. A empresa ultrapassou a TIM em número de clientes e cobertura, e assumiu a vice-liderança, atrás da Vivo, na telefonia celular. Para 2009, segundo o presidente, João Cox, a empresa vai manter os investimentos – que totalizaram R$ 2 bilhões no ano passado, mas que incluíram R$ 1,5 bilhão das licenças 3G. Nesta semana sua controladora, a América Móvil, divulgou que investirá US$ 3 bilhões na América Latina no próximo ano.
A Claro termina 2008 com a adição de 7 milhões de clientes, totalizando mais de 29 milhões. A empresa aposta na portabilidade numérica para crescer ainda mais em 2009 quando chegar nas grandes capitais. Até novembro, a cada cliente perdido a Claro ganhou 2,5 assinantes. "Nosso balanço foi positivo e vamos continuar investindo em qualidade e serviços para reter e ganhar novos clientes e assumir a liderança", diz o executivo.
A alta do dólar, por enquanto, não preocupa. "Estamos com bons estoques de aparelhos, assim como os fabricantes, para continuarmos com o subsídio", afirma. Cox prefere não arriscar previsões quando o estoque acabar. "Haverá impacto no preço do aparelho a médio prazo para o assinante", diz. Ele lembrou que caso haja uma queda na carga tributária, que pesa em 45% nas contas do setor, esse impacto poderia ser bem menor.
Crescimento
Segundo Erik Fernandes, diretor de marketing da Claro, com a queda do subsídio, a empresa planeja atrair o cliente com outros serviços e promoções de tarifas, tanto para o assinante pré quanto para pós-pago. Como exemplo ele aponta a promoção de Natal (para o pré-pago) que oferece dez minutos grátis na rede da Claro a cada 1 minuto de ligação.
Para focar promoções e campanhas específicas para seu público e ganhar com a portabilidade, a Claro criou uma divisão, a Decision Marketing, que lança campanhas e novos serviços a partir de pesquisas de opinião segmentadas com clientes e não clientes.
Crescimento
João Cox destaca que, mesmo com a crise, a empresa prevê aumento de clientes e de tráfego de voz em 2009. "A comunicação não é item supérfluo. O cliente não deve cortar por aí", diz. No segmento de dados, com a rede 3G, a tendência também é crescer. Hoje a receita de dados já está próxima de 10%, diz Cox.
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