Low-code? No-code? Entenda o que são e o que essas tecnologias oferecem

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Hoje, qualquer atividade humana depende, em maior ou menor grau, de tecnologia. Seja na rotina do trabalho, nas relações sociais com amigos e familiares ou até na forma como as pessoas se divertem, as ferramentas de TI já fazem parte do dia a dia. As soluções tecnológicas crescem em quantidade e em qualidade, cada vez mais complexas, eficientes e ágeis. Evidentemente, essa evolução só é possível com o maior conhecimento sobre os meios para construir e desenvolver esses recursos. 

Curiosamente, uma opção interessante é justamente reduzir ou até eliminar as linhas de programação, permitindo que mais pessoas e profissionais possam criar as aplicações que desejarem. Low-code e no-code já são uma realidade, mas o que representam? Confira as principais informações sobre esses dois conceitos fundamentais no universo da tecnologia. 

O que são essas tecnologias? 

Tanto o low-code quanto o no-code representam tecnologias que surgiram como alternativas ao modo considerado tradicional para o desenvolvimento de aplicações. Por muito tempo, era preciso escrever infindáveis linhas de código para cada ação ou elemento que devesse constar no programa. Entretanto, surgiu a percepção de que muitos códigos se repetiam Assim, era preciso trazer mais agilidade e eficiência a esse processo. 

O low-code foi o primeiro conceito a ganhar espaço, trazendo os componentes prontos para o profissional utilizá-los em sua aplicação, mas permitindo a customização e a criação de novos elementos se for necessário. Se fosse um Lego, o famoso brinquedo de encaixar as peças, as pessoas teriam algumas peças prontas para construir o que quisessem e liberdade para construir as peças que faltavam. No no-code há uma redução completa da programação, ou seja, o profissional não escreve nenhuma linha e trabalha apenas com a interface. Fosse um Lego, ele só poderia trabalhar com as peças disponibilizadas. 

Quais são os benefícios das duas tecnologias? 

Cada uma possui um objetivo e benefícios distintos, de acordo com suas especificidades. O low-code, por exemplo, é destinado (e bastante utilizado) a grandes corporações e médias empresas que têm alta demanda no desenvolvimento de soluções – e, consequentemente, têm diversas equipes de TI. Isso porque o low-code tem como principal vantagem a agilidade na entrega de softwares. A organização consegue criar soluções de forma rápida e sem perder a escalabilidade. 

O no-code, por sua vez, tem como principal característica a facilidade no uso, uma vez que não envolve nenhuma linha de programação. Assim, é utilizado por profissionais e empresas que não têm experiência e conhecimento em códigos. Por conta disso, o foco está nos micro e pequenos empreendedores, que podem criar soluções simples e reduzir a demanda de trabalho dos times de TI com o que é pouco prioritário. 

Quais são as diferenças e os desafios no Brasil? 

A principal diferença entre as tecnologias é justamente o espaço destinado à programação. O low-code permite que o profissional escreva linhas de código, criando soluções mais customizáveis de acordo com a plataforma utilizada – o no-code não dá essa possibilidade. Além disso, no ­­­low-code a empresa pode escolher a infraestrutura, ganhando liberdade na atuação de sua aplicação. No caso do no-code, o trabalho fica "preso" na plataforma escolhida. 

Entretanto, ambos compartilham o mesmo desafio: popularizar a cultura do pouco, ou nenhum, código no mercado brasileiro. É preciso entender, de fato, o poder dessas tecnologias e adotá-las para reduzir o gargalo existente com a falta de mão de obra. Com elas, as organizações ganham poder de desenvolvimento para se transformarem digitalmente, e os profissionais ganham um aliado para melhorar seu trabalho e ter mais agilidade na resolução de problemas. 

Como elas impactam o setor de tecnologia? 

Com a alta demanda por digitalização, houve uma demanda grande por novas soluções tecnológicas e mão de obra especializada – algo que se aprofundou ainda mais com a pandemia de covid-19. Assim, tanto o low-code quanto o no-code trazem a possibilidade de fazer mais com menos – um dos mantras para o sucesso de qualquer negócio atualmente. 

Além disso, consolidou o conceito de citizen developer no mundo da tecnologia. Ou seja, pessoas que não têm formação de tecnologia, mas que são capazes de criar soluções específicas para o próprio trabalho. Com pouco treinamento e conhecimento, esses usuários podem desenvolver ferramentas com pouca ou nenhuma programação com um ambiente próprio para esse fim. 

Léo Andrade, influenciador e especialista em tecnologia, referência em low-code e no-code no Brasil.

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